Seja bem-vindo. Hoje é

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

QUARTA-FEIRA TEVE GRANIZO NO SUL CATARINENSE


As fotos acima, disponíveis no site do portal Engeplus, mostram a grande quantidade de granizo que se precipitou em Criciúma e Orleans, ambas no sul do Estado. O fenômeno começou logo depois das dez horas da noite de ontem e segundo o portal durou cinco minutos. De acordo com moradores, o tamanho das pedras era maior que uma bolinha de gude. Boa parte das duas cidades registraram o fenômeno, comum nessa época do ano, como já destacado neste blog.

Observe a imagem do satélite GOES-12 no horário do ocorrido:


É notável que no horário em que houve o granizo, não há sinais de grande desenvolvimento vertical das nuvens Cumulunimbos na imagem.Isso se deve a resolução do satélite GOES-12, bem como todos os outros geoestacionários. Portanto, tendo em vista o registro de granizo, é quase impossível que não houvesse nuvens com profundo desenvolvimento vertical naquela área.

Outra solução para melhor avaliar seria imagens de radar, pois este trabalha com refletividade de ondas na horizontal, gerando um perfil melhor de nuvens não vistas nos satélites. É muito melhor, por exemplo, verificar células que geram tornados através de imagens de radar do que por meio de satélites. Entretanto, o radar meteorológico do Morro da Igreja, o mais próximo, se encontra há meses em manutenção. A solução foi recorrer a outro radar, o do Simepar, que é o órgão meteorológico do Paraná. Consegui uma imagem desse radar na hora da precipitação de granizo. Porém, o meteorologista Cezar Duquia do Simepar, a quem agradeço imensamente por ter enviado a imagem, salientou que a área de cobertura máxima e confiável do radar é num raio de 400km. Na periferia desse raio, onde está justamente Lauro Muller e Criciúma, os valores podem não denotar a intensidade real da tempestade. A imagem segue a seguir.


Perceba, que ele só detecta acima da região alvo, ficando ainda mais distante de Criciúma. A intensidade na área colorida detectada pelo radar, mostra chuvas entre fraca e moderada, com pontos de intensidade mais forte.

O motivo para a ocorrência dessa tempestade que levou a precipitação de granizo, na verdade foram fatores combinados e que entre si deram a possibilidade da formação. Primeiramente tinhamos a formação e deslocamento um ciclone extratropical no delta do Rio da Prata, como pode ser visto na figura abaixo, com a análise de ventos e temperatura as 21 horas de ontem.
Perceba que mesmo a noite, estava quente no leste catarinense. As estações do CIRAM ontem no sul do estado, inclusive registraram temperaturas máximas bem superiores ao dias anteriores. A máxima chegou a 27,5ºC em Urussanga e 26,6ºC em Criciúma. O que provocava este aquecimento era o ingresso de ar quente de norte, antecedendo a frente fria gerada pelo ciclone. A umidade relativa estava elevada durante o dia também no sul do estado, como mostra o gráfico a seguir, da estação meteorológica automática do CIRAM em Criciúma. Veja que o valor mínimo diário foi de 62%.

Em altitude, tinhamos a presença do jato subtropical (ventos fortes em altitude), que estimula a elevação do ar quente e úmido da superfície até níveis superiores da atmosfera. Na figura abaixo, é possível ver esse jato, por meio das áreas coloridas, destacando a atuação dele sobre SC.
Bom, tinhamos ar quente e úmido em superfície, estímulo para subida desse ar quente, além da aproximação de uma frente fria. No entanto, dois fatores primordiais se juntaram aos anteriores para a formação expressiva do granizo. Segundo artigos científicos publicados pela meteorologista Maria Eugênia do grupo MASTER, as tempestades severas, ou seja, aquela com granizo mas sem grandes acumulados de chuva, acontecem quando há uma camada de ar úmido em superfície e outra camada com ar muito seco a partir de uma altura de aproximadamente 3000 metros. Além disso, é preciso que a temperatura a 5000 metros de altitude esteja muito baixa.

Na figura a seguir, tem-se um mapa com análise de temperatura em 5000 metros de altitude (linhas) e umidade específica em 3000 metros de altitude (colorido).
Observe pelas isolinhas de temperatura a 5000 metros de altitude, que o valor de -15ºC passava apenas pelo sul do Estado catarinense, fazendo intersecção com o ar muito seco a 3000 metros de altitude, comprovado pelo baixo valor de umidade específica (vermelho escuro) sobre esta área.

Com a elevação rápida do ar quente estimulado pelo jato subtropical, a camada de ar seco acima dos 3000 metros e temperatura muita baixa na média troposfera, o granizo conseguiu se formar e chegar intacto até o chão.

Nesta quinta-feira, o ciclone segue deslocando-se lentamente para sudeste em alto mar. Como a frente fria formada por ele passou, o vento aqui em Santa Catarina já virou para o quadrante sul, com velocidades de 57,2km/h em Laguna e 32km/h em Araranguá. Agora a noite esses ventos já sopram de sudeste, indicando o progressivo afastamento do ciclone ainda mais para o oceano. Em breve postagem especial com uma síntese e análise do mês de setembro. Aguarde!

DADOS: CPTEC/INPE, SIMEPAR, EPAGRI-CIRAM, INMET, MARINHA DO BRASIL, PORTAL ENGEPLUS.

(agradecimentos ao meteorologista Cezar Duquia do Simepar, por enviar a imagem de radar)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ÚLTIMA SEMANA DE SETEMBRO SEGUE COM CHUVA NO LESTE

Esta última semana de setembro está seguindo com chuvas persistentes no leste catarinense, sobretudo na Grande Florianópolis, encosta sul da Serra Geral e sul do Planalto Sul, onde já acumulou-se mais de 50 milímetros desde ontem. Passando pela Grande Florianópolis, em São José o acumulado de precipitação entre ontem e hoje chegou a 64,8mm, aproximadamente 43% do esperado para todo o mês de setembro.

No entanto, como essa chuva provem de circulação de umidade entre o mar e o continente, ela acaba sendo diferentemente distribuida, mesmo em pequenas regiões. Na própria região metropolitana de Florianópolis tivemos divergências de valores. Enquanto o acumulado no bairro Praia Comprida em São José nas últimas 24 horas obteve 34mm, a estação Paulo Tempo localizada no bairro Capoeiras em Florianópolis registrou 18mm. Já outra estação particular na Lagoa da Conceição acumulou 13mm. No bairro Itacorubi a estação automática do CIRAM teve menos ainda: 12,7mm.

Na encosta sul da Serra Geral e no extremo sul do Planalto Sul, os maiores valores foram em Timbé do Sul onde a estação do Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina) registrou entre ontem e hoje 46,8mm, sendo que somente hoje choveu 34mm. Em Seguida vem São Joaquim, onde choveu 66,2mm nas últimas 24 horas.

Acompanhe na tabela a seguir, os maiores valores de chuva nas últimas 24 horas em Santa Catarina, segundo o CIRAM, INMET e estações particulares não oficiais.

Cidade/EstaçãoChuva 24h (mm)
São Joaquim (INMET)66,2
São José (INMET)34,0
Timbé do Sul (CIRAM)34,0
Anitápolis (CIRAM)29,6
Jacinto Machado (CIRAM)24,4
Joinville (CIRAM)20,4
Turvo (CIRAM)18,8
Florianópolis (EST. PAULO TEMPO)18,0
Itajaí (CIRAM)16,3
Florianópolis (CIRAM)12,7

A imagem do satélite GOES-12 no canal vísivel, mostra claramente toda a faixa leste coberta pela nebulosidade, em sua maioria nuvens do tipo Nimbostratus e Stratocumulus. No interior do estado percebe-se pequenas "bolinhas", que são nuvens do tipo cumulus, que não chegam a encobrir o céu e nem provocam chuva.
O motivo para essa continuação da chuva é a presença da circulação de umidade entre o oceano e continente, através de ventos úmidos provindos de um sistema de alta pressão em alto mar. Porém, também sobre a leste do PR e SC, tinhamos pela manhã um sistema de baixa pressão com 1012 hPa, o qual interagia fazendo a circulação de umidade se concentrar ainda mais em nosso litoral. Isso junto ao relevo acidentado, acabou provocando chuvas, sobretudo em áreas de encostas ou próximo de montanhas. Na figura abaixo podemos notar esse sistemas. Note que o vento varia entre leste/nordeste e sudeste ao largo de nossa costa.


Durante todo o dia de hoje os ventos variaram ao longo quadrante leste no litoral catarinense, como mostra o gráfico abaixo, da estação meteorológica automática do INMET.


Para a terça-feira, o CIRAM prevê mais um dia de chuva. O tempo melhora na quarta-feira.

DADOS: INMET, EPAGRI-CIRAM, CPTEC/INPE, FRANK ILHA.

domingo, 26 de setembro de 2010

DOMINGO CHUVOSO EM PARTE DE SC

Naufragados, Florianópolis, SC
A foto acima tirada hoje em Naufragados mostra bem como foi o dia de hoje em Florianópolis, ou seja, com céu encoberto e chuvas, as quais ficaram mais duradouras a tarde. Assim como a capital, boa parte do leste e extremo norte do Estado apresentaram essa condição de tempo. Os maiores acumulados de chuva neste domingo se deram sobretudo no litoral, parte da Grande Florianópolis, extremo sul e leste do planalto sul. Observe na imagem de satélite abaixo, a nebulosidade sobre essas regiões ao meio-dia.


Na tabela abaixo você confere os maiores valores de precipitação das últimas 24 horas, nas estações do CIRAM (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina), INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e algumas particulares não oficiais.

Cidade/EstaçãoChuva 24h (mm)
São José (INMET)43,0
Florianópolis - Capoeiras (EST. PAULO TEMPO)42,5
Florianópolis - Lagoa da Conceição (FRANK ILHA)33,3
Biguaçú (CIRAM)30,0
Itajaí (CIRAM)24,1
Florianópolis - Itacorubi (CIRAM)22,9
Laguna (INMET)17,2
Timbé do Sul (CIRAM)14,2
Jacinto Machado (CIRAM)13,2
Urubici (CIRAM)10,9
São Francisco do Sul (CIRAM)10,2

O motivo para esse tempo chuvoso é a presença de um cavado invertido (área alongada de baixa pressão atmosférica) em superfície entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Na figura abaixo, com análise de pressão e temperatura a superfície as 9 horas da manhã, podemos notar esse cavado ilustrado sinoticamente pelos traços pretos.
O cavado foi formado e intensificado pelas chamadas correntes de jato subtropical, que são ventos fortes lá no alto da atmosfera e que estimulam a ascenção do ar úmido aqui na superfície. Esse ar úmido provinha ventos do oceano para o continente a partir de um sistema de alta pressão, ilustrado na figura com a letra A. Com isso, o ar ascendendo, forma-se uma área com menor pressão atmosférica, que é o cavado.  Na próxima figura percebemos essas correntes de jato, representadas apenas pelas áreas coloridas na imagem, sendo que os ventos mais fortes são as cores mais avermelhadas. Pela análise, os ventos estavam com velocidade máxima de até 230km/h. Salienta-se que esse vento não é na superfície, mas sim em altitudes superiores a 10 mil metros.
Além do estímulo das correntes de jato, temos ainda a influência do relevo acidentado, que ajuda para que alguns lugares chovam mais que outros. Durante a tarde, o cavado deslocou levemente para norte, em virtude da posição diferente do sistema de alta pressão sobre o oceano Atlântico. Agora a noite esse sistema já estava cobrindo mais o norte do estado, além do litoral. 

As temperaturas hoje se elevaram principalmente nas regiões do oeste onde não havia cobertura grande nuvens, como em em Caibi onde fez 26,4ºC e Concórdia com 24,6ºC. Já nas áreas com tempo instável, não passam muito dos 20/21ºC, chegando a registrar 19,0ºC em São José, 18,5ºC em Laguna e 18,4ºC em Indaial.

A tendência é que o sistema de alta pressão sobre o oceano se intensifique e continue interagindo com a corrente de jato subtropical, mantendo um cavado sobre nosso estado. Assim a semana tem tudo para ser chuvosa. Para a segunda-feira, o CIRAM prevê chuvas para todas as regiões.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL

Obs: Os mapas sinóticos da postagem são de geração própria.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SEXTA-FEIRA AINDA TEVE TEMPORAIS ISOLADOS NO NORTE CATARINENSE

Durante a noite de ontem, a intensificação e deslocamento de um sistema de baixa pressão para o oceano, acabou gerando uma frente fria entre o Paraguai e SC, a qual avançou para nordeste no decorrer da madrugada e manhã de hoje. Com isso o tempo melhorou em boa parte do território catarinense. No entanto, sobre o leste, a influência ainda do sistema frontal frio formava nuvens, como mostra foto a seguir, tirada em Garopaba no litoral sul, podemos notar o céu encoberto e até com registro de chuva na região.


Apesar de não ter se convertido para um ciclone, o sistema de baixa pressão estava muito próximo do litoral catarinense favorecendo a ocorrência de rajadas mais intensas de ventos, chegando a 91,4km/h em Laguna, 51,8km/h em São Francisco do Sul, 46km/h em São José e 44,8km/h em Itajaí. Na figura abaixo, podemos notar esse sistema (letra B), destacando a entrada de um ar mais frio no interior do continente, no entanto pouco significativo.
Veja que sobre o leste catarinense, ainda havia vento de noroeste, indicando que a frente fria ainda estava sobre o continente em superfície. Porém na figura a seguir, percebe-se que a 1500 metros de altitude os ventos já haviam virado para sudoeste em boa parte de SC, sinalizando a frente fria já sobre o mar. Essa configuração acabou dando pouco suporte aquela nebulosidade comentada anteriormente.
Entretanto, veja que sobre no norte do estado, o Jato de Baixos Níveis (ventos de noroeste) ainda atuava, denotando ainda o ingresso de umidade da floresta amazônica para essa região. Por isso, a frente fria ainda estava bem configurada sobre essa pequena área catarinense, onde houve ocorrência de chuvas isoladas com descargas elétricas. Segundo as estações do CIRAM (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina), o acumulado das últimas 24 horas foi de 24,9mm em Joinville e 19,8mm em Itapoá.

No fim da tarde, uma pequena perturbação ciclônica em altitude vinda da Argentina, acabou formando um cavado invertido (área alongada de baixa pressão atmosférica) sobre o interior do estado, provocando formação de nuvens mais desenvolvidas, porém sem registro de chuva. Na imagem de satélite abaixo, podemos ver a nebulosidade associada a esse cavado (traços pretos) e também aquela formada sobre o norte do estado aliada ao Jato de Baixos Níveis. Note sobre o norte nuvens muito mais significativas (cor azul), o que acabou gerando os temporais citados.


A tendência é que o sábado seja de tempo bom em Santa Catarina. As temperaturas ficam agradáveis, porém no oeste faz calor, com máxima de 28ºC segundo o CIRAM. Na região serrana, deve fazer um pouco mais de frio, com 6ºC. Entretanto, uma nova perturbação ciclônica em altitude chega da Argentina, gerando um novo cavado invertido, acarretando em aumento de nuvens a partir da noite de sábado, com chance de chuva no centro-norte catarinense no domingo.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL, TERRA WAVES

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

NOVO SISTEMA CONVECTIVO DE MESOESCALA PROVOCA TEMPORAIS E CHUVA SUPERIOR A 100 MILÍMETROS EM SC

A primavera astronômica, que iniciou nesta quinta-feira as 00h:09, marca a transição das condições de inverno para o verão. A nova estação já participou desta semana de tempestades em Santa Catarina, que tem ocorrido em pontos isolados. Como de costume, durante a madrugada e começo da manhã um intenso Sistema Convectivo de Mesoescala (SCM) cobria boa parte do centro-oeste da região Sul do Brasil e países adjacentes, como pode-se ver na imagem de satélite abaixo.


Havia muitas descargas elétricas na região, como vê-se na imagem com detecção de raios do CPTEC/INPE.

Esses sistemas, é bom salientar, são comuns nessa época do ano, durando não mais que 18 horas. O motivo para a formação dele foi novamente a forte divergência dos ventos lá nos altos níveis da troposfera, em torno de 10 mil metros de altitude. Na figura abaixo, podemos ver essa divergência através da mancha vermelha sobre o Paraguai, países vizinhos e boa parte do Sul do Brasil. Pelas linhas de corrente, percebemos que o vento se bifurca bem naquela região, gerando divergência.
Na próxima figura, podemos ver que até no nível de 500 hPa (5000 metros de altitude) havia levantamento do ar (áreas em azul), o que estimulava ainda mais a elevação do ar da superfície.
Com ingresso de umidade em boa parte das primeiras camadas inferiores da troposfera, houve formação de nuvens com alto desenvolvimento vertical associadas ao SCM. A figura abaixo mostra bem essa quantidade de umidade através do indice de instabilidade K, que também denota a forte variação vertical de temperatura, o que é ótimo para tempestades. Os valores mais positivos são os mais significativos.
Sobre o restante de Santa Catarina o cavado (área alongada de baixa pressão) associado também ao ingresso de umidade e calor da floresta amazônia a 1500 metros de altitude, determinou uma madrugada e manhã com temporais isolados. Segundo o observador do blog David de Andrade, voltou a precipitar granizo em Joinville. Durante a tarde, seguidas pancadas de chuva ocorriam em meio a céu nublado e raras aberturas de sol. As imagen abaixo mostra a Lagoa da Conceição em Florianópolis com céu encoberto e chuva ao horizonte durante a manhã.


Os maiores acumulados de chuva hoje se deram no oeste, justamente devido a influência do SCM. O mais expressivo foi em Itapiranga onde choveu incríveis 120mm em menos de 24 horas! Em seguida vem São Miguel do Oeste onde teve 67,2mm acumulados. Confira os demais valores registrados hoje em SC na tabela abaixo:

Cidade/EstaçãoChuva 24h (mm)
Itapiranga (CIRAM)120,0
Dionísio Cerqueira (INMET)74,8
São Miguel do Oeste (INMET)67,2
Chapecó (CIRAM)61,5
Campo Erê (CIRAM)37,2
Campos Novos (INMET)30,0
São Joaquim (CIRAM)24,0
Blumenau (CIRAM)13,1

Agora pela noite, a formação de uma frente fria acabou levando a nebulosidade para nordeste, melhorando o tempo já no oeste catarinense com a entrada de uma massa de ar mais seco e frio. Na última imagem de satélite o leitor pode perceber essa situação, veja:


Para as próximas horas, uma área de baixa pressão atmosférica associada a frente fria se desloca para o oceano, formando um centro de baixa pressão. Isso pode acarretar em rajadas de vento forte, as quais segundo o CCIRAM devem alcançar até 80km/h na costa sul do estado. A figura a seguir, mostra esse centro de baixa pressão sobre o mar (B).


O tempo melhora em praticamente todo o estado e faz frio no final de semana.

DADOS: INMET, EPAGRI-CIRAM, CPTEC/INPE, MARINHA DO BRASIL.

Obs: Os mapas na postagem são de geração própria.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

INVERNO ASTRONÔMICO SE DESPEDE COM TEMPESTADES E VENTOS FORTES EM SC

O inverno astronômico se despede hoje com a presença de um cavado (área alongada de baixa pressão atmosférica) entre o RS e SC, associado ao Jato de Baixos Níveis, que pode ser visto na figura a seguir, onde as areas mais avermelhadas representam onde o vento está mais forte, isso a 1500 metros de altitude:

Por isso, houve novas formações de sistemas convectivos e células de tempestade intensas em Santa Catarina. Como é comum nessa época, essas tempestades costumam acontecer durante a noite, madrugada e início da manhã. Por isso, pela madrugada desta quarta-feira, houve chuva forte acompanhada de trovoadas em boa parte do sul e extremo oeste catarinense. Por volta das 4 horas da manhã um intenso temporal despejou sobre Urussanga 41,7 milímetros de chuva em poucas horas de duração. Sobre o oeste e meio-oeste a chuva não era tão intensa, mas as rajadas de vento estavam muito intensas, com registro de incríveis 116km/h em Celso Ramos e 72,3km/h em Xanxerê. Logo depois as áreas com nuvens de maior desenvolvimento vertical cresceram mais e se aproximaram da Grande Florianópolis, como mostra a imagem de satélite abaixo:


Os topos frios das nuvens Cumulunimbos (nuvens de tempestade) estavam com temperatura de até -70ºC, o que indicava tempo severo. Haviam muitas descargas elétricas acompanhadas, as quais deixaram regiões sem energia alétrica. Na imagem de detecção de raios abaixo, é evidenciado as descargas na região, principalmente no horário compreendido entre 6:30 e 7 horas da manhã.

Toda a região teve chuva moderada a forte por algumas horas, pegando inclusive o horário de pico, onde o transito ficou um caos, principalmente na entrada da capital catarinense e nas pontes que ligam o continente a ilha. Segundo a equipe do Jornal Diário Catarinense online, houve vários acidentes na região. Um raio atingiu a rede telefônica da defesa civil no bairro Capoeiras em Florianópolis, dificultando a comunicação com moradores que tinham problema com a chuva. Ao todo, foram acumulados 35,6mm de precipitação na estação meteorológica do CIRAM localizada no bairro Itacorubi. Na estação PAULO TEMPO em Capoeiras, choveu 42,5mm. Em São José, 39,2mm. Nas fotos abaixo, capturadas da transmissão do telejornal Jornal do Almoço da RBSTV, podemos ver o caos que estava a cidade logo ao amanhecer desta quarta-feira.

Bom mas por que as nuvens cresceram mais no leste? A resposta está lá no alto da atmosfera. Pois sem muito calor, o que funciona para elevar o ar e formar nuvens são sistemas mais dinâmicos, além do ingresso de ar quente a 1500 metros, proveniente da Amazônia. Na figura abaixo, podemos ver uma mancha vermelha sobre a região da Grande Florianópolis.
Essa mancha representa a área onde os ventos estão se desencontrando lá no alto da atmosfera. Ou seja, está saindo ar de um centro, o qual localiza-se sobre altos níveis acima da Grande Florianópolis. Isso acaba fazendo com o ar aqui de baixo suba, gerando uma pequena área de baixa pressão atmosférica sobre a região em superfície. Nos gráficos abaixo, percebemos no primeiro a queda de pressão atmosférica pela manhã, chegando a 1010,6 hPa, com desconto devido a maré barométrica (variação normal da pressão em 4 períodos do dia). No segundo gráfico, percebemos em seguida uma rajada mais intensa de vento em virtude da pressão menor do ar.

Na figura com ventos abaixo, podemos notar que eles começam a se encontrar aqui nos baixos níveis da troposfera, justamente na região onde a pressão decaiu devido a divergência lá do alto. Esses ventos posteriormente também sobem e continuam o ciclo até a dissipação da célula de tempestade. Veja:

Na imagem abaixo, podemos ter uma visão tridimensional da circulação sobre a região da Grande Florianópolis e parte do Sul. Perceba a subida do ar até as camadas superiores da troposfera, onde aparece aquela mancha vermelha, indicando a divergência dos ventos lá encima.


De uma maneira geral, as regiões catarinenses onde mais choveu foi parte do oeste, do meio-oeste, no Planalto Sul, Sul e Grande Florianópolis. Durante a noite a instabilidade avançou novamente para o oeste-meio-oeste vinda do RS. No norte do estado, houve ocorrência de granizo miúdo, segundo informações dos observadores Matheus Henrique Borger e David de Andrade. Acompanhe mais detalhes dos valores de chuva em 24 horas na tabela abaixo.

Cidade/EstaçãoChuva 24h (mm)
São Joaquim (CIRAM)79,8
Lages (INMET)57,8
São José (INMET)39,2
Florianópolis (CIRAM)35,6
Campos Novos (CIRAM)28,3
Indaial (INMET)22,3
Urussanga (INMET)19,5
Blumenau (CIRAM)17,3

Segue a condição de chuva e tempestades isoladas em SC. Mais informações em breve.

DADOS: INMET, EPAGRI-CIRAM, CPTEC/INPE, MARINHA DO BRASIL, DIÁRIO CATARINENSE

Obs: Os mapas da postagem são de geração própria.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DO CAVADO AO SISTEMA CONVECTIVO DE MESOESCALA

Havia comentado na última postagem sobre o La Niña (resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico Equatorial e costa do Equador e Peru), que prorroga as características de inverno até o fim de Outubro. Com essa prorrogação, ocorre ainda entradas de ar frio polar, que se encontram com o ar mais quente tropical que se estende nessa época para a região Sul do Brasil em virtude da própria posição da terra na órbita solar. O resuldado são essas tempestades que estão ocorrendo entre ontem e hoje em Santa Catarina, além de chuva contínua em várias áreas.

Ontem, essas chuvas foram localmente fortes e mal distribuidas. Na imagem de satélite de ontem as 9 horas da manhã, podemos ver o sistema convectivo que cobria boa parte do Estado. Note as áreas entre azul claro e escuro, onde a temperatura do topo das nuvens estavam entre -50 e -60ºC, sobretudo entre o Vale e Planalto Norte.


A rede Rindat naquele horário detectava diversas descargas elétricas cobrindo o Estado, como pode-se observar na imagem abaixo.
A chuva foi tão mal distribuída, que pouco acumulou nas estações meteorológicas. Não que tenha chovido pouco, mas sim que precipitou muito isoladamente, ou seja, em alguns pontos e outros não. Houve ocorrência de ventos fortes na manhã de ontem, associados as chuvas e temporais, registrando 44km/h em Major Vieira e 52,2km/h em Florianópolis. O ar estava tão instável, que a medida que o sistema ia deslocando-se para leste durante a tarde, iam formando-se outras células de convecção no interior.

Ontem essas instabilidades se organizavam devido a um cavado invertido (área alongada de baixa pressão atmosférica), como foi anunciado também na última postagem. Porém no dia de hoje, esse cavado intensificou-se e gerou um Sistema Convectivo de Mesoescala (SCM), comuns nessa época. O motivo para isso é a queda de pressão atmosférica ao longo do cavado provocada pelo aumento da velocidade vertical do ar na área, ou seja, o ar estava subindo muito rápido. Isso é evidenciado na figura abaixo, onde as áreas em azul sinalizam as em que o ar está se elevando. Note que essa área abrange o leste de SC e oeste do RS.

O que auxiliou nessa forte ascendência foi a chamada divergência de ventos em altitude, que são desencontros de ventos nesse nível, lá no alto da atmosfera. Sendo assim, com a forte divergência, o ar da superfície se viu obrigado a subir e gerar as nuvens com forte desenvolvimento vertical. Na figura abaixo, com análise de ventos em 200 hPa, em torno de 10 mil metros de altitude, podemos notar esse desencontro dos ventos bem nas regiões onde havia forte levantamento de ar.
Com esse ar ascendendo rapidamente, a pressão sobre o Sul do Brasil decaiu, atraindo ventos de noroeste, chamados de Jato de Baixos Níveis, que chegam úmidos da floresta Amazônica. Na figura com análise de ventos e umidade específica as 9 horas de hoje, podemos notar esse jato. Perceba que tudo começa com o vento que provem do anticiclone (letra A) localizado ali no Atlântico. Dessa circulação saem os chamados ventos alísios, os quais entram no Brasil, chegam na Amazônia e se "alimentam" de umidade (áreas em azul). Ao avançarem acabam se chocando com a Cordilheira dos Andes e são desviados para o Sul do Brasil. Como tivemos uma queda de pressão, esse ventos acabam ficando muito forte naquela altitude e forma-se então o Jato de Baixos Níveis.
Toda essa condição sinótica da atmosfera, determinou a organização e o crescimento de nuvens com alto desenvolvimento vertical associadas ao SCM. No horário das figuras de análise acima, praticamente todo o Sul do Brasil estava encoberto por essas nuvens, denominandas Cumulunimbos, as únicas que podem provocar granizo, raios e vendavais.  Veja a imagem do satélite abaixo.


O sistema de detecção de raios do CPTEC, novamente localizou descargas ao longo do SCM, como é visto na imagem abaixo.

Em Santa Catarina esse sistema provocou chuvas bem acima do que vinha se registrando nos últimos dias, com acumulados superiores a 30mm em muitas cidades. Em Blumenau, após 46 dias sem chuva, a estação do Ciram acumulou 24,2mm nesta terça-feira, sendo que desde ontem já foram 38,7mm. A cidade onde mais choveu desde ontem foi São Joaquim, com 76,8mm. Acompanhe na tabela abaixo, os valores de precipitação acumulada em algumas catarinenses desde ontem, lembrando que os maiores se concentraram no dia de hoje.

Cidade/EstaçãoChuva 48h (mm)
São Joaquim (CIRAM)76,8
Curitibanos (INMET)75,4
Aurora (CIRAM)74,8
Lages (CIRAM)70,3
Rio do Oeste (CIRAM)65,3
Ponte Alta (CIRAM)65,0
Celso Ramos (CIRAM)59,2
José Boiteux (CIRAM)54,6
Painel (CIRAM)52,4
Ouro (CIRAM)51,3
Blumenau (CIRAM)38,7
Joinville (CIRAM)37,1
Major Vieira (INMET)33,9
Timbé do Sul (CIRAM)29,3
São José (INMET)16,1

O vento associado a chuva e temporais isolados apresentou rajadas durante hoje, sobretudo pela manhã e início da tarde. Segundo dados do Ciram e Inmet, houve vento máximo de 67,4km/h em Araranguá, 71,9km/h em Chapecó, 70,9km/h em Água Doce e 60km/h em Campo Belo do Sul.

A tendência nas horas é da dissipação do SCM, que dura em média 18 horas. Uma frente fria de fraca intensidade avança nessa próxima madrugada, mas se torna estacionária, provocando tempo chuvoso nos próximos dias dessa semana em território catarinense.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM.

domingo, 19 de setembro de 2010

QUEM DISSE QUE O INVERNO ACABOU?

Pois é caros leitores. Em meio a esses dias mais quentes e agradáveis, muitos já colocavam um fim no inverno e esquecendo do período em que estamos. O fenõmeno La Niña (resfriamento do oceano Pacífico Equatorial e costa oeste da América do Sul), ainda segue atuando, o que provoca meses mais secos como estão acontecendo. Na figura abaixo, podemos ver que que entre os dias 11 e 18 deste mês o oceano Pacífico ao longo da linha equatorial e costa do Peru e Equador apresentavam temperaturas do mar até 3ºC abaixo do normal, sinalizando que o fenômeno está se intensificando. Note que as águas mais quentes (tons avermelhados) estão mais concentradas no sudoeste do Pacífico e na costa da Austrália e Nova Zelândia.

Além disso, uma das coisas mais significativas do La Niña é atrasar o início da primavera climática, ou seja, diferente daquela primavera astronômica que apenas delimita a posição do planeta Terra na orbita solar. Por isso, já foi previsto e estão acontecendo ainda incursões de ar frio polar e que devem ainda ocorrer até o fim de Outubro, ou seja, dentro da primavera astronômica.

Nesses últimos por exemplo, intercalados com calor, tivemos temperaturas muito próximas de 0ºC na serra e abaixo dos 10ºC em boa parte do Estado pela manhã. No entanto, foi neste final de semana que o frio ficou mais intenso, chegando a registrar temperaturas abaixo dos zero grau na serra catarinense, como em Urupema que teve -1,7ºC no sábado. Já neste domingo também negativou e as temperaturas baixas se estenderam para boa parte de SC, como é visto na tabela abaixo:

Cidade/EstaçãoTemp. Mínimas (ºC)
Morro da Igreja em Urubici (INMET)-1,0
São Joaquim (CIRAM)0,0
Anitápolis (CIRAM)3,1
Urupema (CIRAM)3,3
Água Doce (CIRAM)4,9
Ituporanga (INMET)5,6
Timbé do Sul (CIRAM)5,7
Major Vieira (INMET)5,8
Turvo (CIRAM)6,2
Araranguá (INMET)7,1
Novo Horizonte (CIRAM)8,5
Florianópolis (CIRAM)8,9
Itapoá (INMET)9,7
Itajaí (CIRAM)10,4

Ainda pela manhã fazia bastante frio pelo planalto serrano, como se observa na figura abaixo, com análise de temperatura a superfície as 9 horas da manhã deste domingo.
Durante a manhã e quase todo o dia de hoje tivemos a presença de circulação de umidade marítima no litoral, causada pelos ventos de uma sistema de alta pressão localizado em alto mar. Na figura abaixo, percebemos o sistema (letra A) atuando, com pressão central de 1032 hPa (Hectopascais). Note que os valores de umidade relativa estavam altos no leste, ao passo que no interior onde os ventos úmidos não chegam o ar está mais seco (áreas em azul).
Com ingresso de umidade aliado as relevo acidentado, houve formação de nuvens, como mostra a imagem feita pelo satélite Aqua com o sensor MODIS as 15h.

Durante a tarde, as temperaturas se elevaram mais em parte do oeste e do sul catarinense, com registro de 28,1ºC em Caibi, 25,9ºC em Chapecó, 25,4ºC em Concórdia e 24,6ºC em Urussanga. Nas outras áreas ficou agradável, com até 23,3ºC em Florianópolis, 22,2ºC em Itajaí, 22,0ºC em Calso Ramos, 20,5ºC em Major Vieira e 18,0ºC em Rio do Campo.

Também pela tarde, o que notou-se foi um significativo aumento novamente na velocidade dos ventos, inclusive pelo interior. Nas últimas 12 horas as rajadas já alcançaram 74,5km/h em Laguna, 52,9km/h em Curitibanos, 52,2km/h em São Joaquim e 51,1km/h em Dionísio Cerqueira. No litoral esses ventos são entre norte e nordeste. Já no planalto a direção é noroeste, como pode-se notar no gráfico de ventos no Morro da Igreja em Urubici. Repare a mudança na direção deles ao longo do dia.
Isso tem uma explicação. Está acontecendo gradativamente a formação de um cavado invertido entre Santa Catarina e parte do território gaúcho. Esse sistema é uma área com depressão atmosférica na borda de um sistema de alta pressão, que causa instabilidades com chuva e trovoadas. Segundo as previsões do CIRAM (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina), esse cavado deve provocar chuva e descargas elétricas em território catarinense a partir da tarde de amanhã, se estendo pela terça-feira. A atenção se volta para terça e quarta-feira, onde os índices de instabilidade estarão muito altos e consistentes com tempestades severas no estado!

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, GSFC, MARINHA DO BRASIL

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

FRENTE FRIA PASSA RAPIDAMENTE PELO MAR E VENTOS PASSAM DOS 60KM/H NO LITORAL CATARINENSE

Uma frente fria de fraca intensidade passou hoje pelo mar na altura do litoral catarinense. Apesar disso, velocidade de deslocamento desse sistema foi tão rápida que o sistema de alta pressão pós frontal ingressou rapidamente em território catarinense. Isso é possível de observar nas imagens de satélite abaixo, a primeira é das 9h e a segunda foi feita as 21h. Note que o sistema de alta pressão apresenta pressão bastante alta, com 1030 hPa agora a noite. A frente na ultima imagem foi bem mais para leste e sobrou o cavado (área alongada com baixa pressão atmosférica) que aparece nas duas imagens (traços pretos)


Com essa entrada brusca do sistema de alta pressão pós frontal, os ventos ganharam intensidade e ficaram bastante intensos na costa catarinense, sobretudo a tarde. As rajadas mais fortes foram no bairro Coqueiros em Florianópolis com 64,4km/h, seguido de Laguna com 63,3km/h. Na tabela abaixo você confere a velocidade máxima em outras cidades.

CidadeVento máximo (km/h)
Florianópolis (RBS)64,4
Laguna (INMET)63,3
Florianópolis (AEROPORTO)56,0
São José (INMET)54,7
Florianópolis (CIRAM)52,2
Araranguá (INMET)50,4
Criciúma (RBS)49,9
Itajaí (CIRAM)49,7
São Francisco do Sul (CIRAM)43,3
Siderópolis (CIRAM)40,2

Como na maioria das cidades esses ventos entraram de sudeste, novamente aconteceu o transporte de umidade do mar para o continente, provocando nuvens e até registro de chuva em partes isoladas do sul e norte do Estado. Neste exato momento (23h), segundo as estações meteorológicas do INMET e CIRAM, chove fraco em Siderópolis com até 2,6mm acumulados, Morro da Igreja com 2,0mm, em Indaial com 1,4mm, Massaranduba com 1,0mm e em Criciúma com 0,4mm.

Antes da entrada do vento de sudeste/sul, as temperaturas se elevaram pela manhã e início da tarde de hoje em boa parte do território catarinense. Fez 28,8ºC em Indaial, 28,1ºC em Massaranduba, 26,8ºC em Itajaí 26,1ºC em Caibi, 24,9ºC em Criciúma e 24,0ºC em Caçador e São José. Assim estava o céu da capital Florianópolis pela manhã, ainda com muito sol e trilhas de condensação.

O sábado deve ser de sol com algumas nuvens em Santa Catarina. As temperaturas sofrem uma leve queda devido ao reforço de ar frio. Pode fazer entre -1ºC e 2ºC no planalto sul, segundo a Climaterra. Durante a tarde o ar fica agradável, esquentando um pouco mais no extremo oeste. No domingo um cavado invertido deve trazer chuva e risco de temporais.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, CLIMATERRA, RBS METEOROLOGIA