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sábado, 30 de julho de 2011

FRENTE SEMI-ESTACIONÁRIA PROVOCOU TEMPORAIS E MANTÊM ATENÇÃO NA BACIA DO ITAJAÍ

Nuvens verticais sobre Florianópolis
Entre a tarde e noite de ontem, chuvas fortes acompanhadas de muitas descargas elétricas em Santa Catarina, marcaram a aproximação de uma frente semi-estacionária que estava sobre o norte do RS. Na imagem do satélite GOES-12 no canal infravermelho realçado, podemos ver que a temperatura do topo das nuvens chegava a -70ºC na noite da sexta-feira, sobretudo entre o Meio-oeste e Litoral Sul.

Junto a presença desse sistema, havia bastante difluência dos ventos em altitudes superiores da troposfera (desencontro dos ventos, um indo para nordeste e outro indo para sudeste), sobretudo no centro do estado, o que possibilitou maior ascensão do ar e maior convergência de umidade, culminando em chuvas intensas.
Na figura de análise abaixo, temos um perfil da troposfera com orientação oeste-leste sobre SC, mostrando valores de umidade e temperatura do ar entre os baixos níveis e uma altitude de 16km. Veja que sobre o Meio-Oeste e Planalto Serrano (entre as longitudes 52ºW e 50ºW) a camada úmida (cor azul) se estende até altitudes mais elevadas, alcançando os 12km.
Os valores mais altos de chuva no estado foram entre o fim da tarde de ontem e começo da manhã de hoje. Em São Joaquim, a primeira hora de chuva chegou a acumular 20mm, com ventos de 55,4km/h na estação do CIRAM. Em Rio do Campo, a chuva começou acumulando 25,6mm, mas até o término deste sábado a estação já registrava 83,2mm. O radar meteorológico localizado no Morro da Igreja em Urubici, detectou refletividade de até 40 dBZ por volta das cinco horas da tarde de ontem (figura abaixo), o que é considerado moderado e quase na categoria forte. A estimativa é que nas áreas amarelas e laranjas chovia em média 15mm por hora.

No oeste, apesar da chuva mais fraca, a quantidade de descargas elétricas atmosféricas foi bastante significativa, como mostra a figura abaixo disponível do site do Cptec.
Na noite de hoje, como a frente continua semi-estacionária, voltou a chover forte no território catarinense, porém desta vez no Planalto Norte e Vale do Itajaí. Nesta última região, o acumulado de chuva nas últimas 48 horas já deixa cinco cidades em estado de atenção por conta do aumento do nível do rio Itajaí-Açú. Na detecção pelo radar meteorológico do Morro da Igreja, vemos novamente refletividade de 40 dBZ em alguns pontos das regiões citadas. Em Major Vieira, choveu 16,4mm nos primeiros minutos de precipitação, o que condiz com o radar que estimava 15mm por hora.
Confira na tabela abaixo, os maiores valores chuva acumulada nas últimas 48 horas em Santa Catarina, lembrando que a maior parte da precipitação se deu entre a noite de ontem e manhã de hoje.

Cidade (ESTAÇÃO Chuva 48h (mm) Região
Rio do Campo (INMET)90,2Vale do Itajaí
Timbé do Sul (CIRAM)69,6Litoral Sul
São Joaquim (CIRAM)67,4Planalto Sul
Rio das Antas (CIRAM)57,8Meio-oeste
Água Doce (CIRAM)54,3Meio-oeste
Campos Novos (INMET)49,4Meio-oeste
Major Vieira (INMET)47,3Planalto Norte
Apiúna (CEOPS)46,6Vale do Itajaí
Irineópolis (INMET)45,5Planalto Norte
Ibirama (CEOPS)45,4Vale do Itajaí

A previsão é que o tempo instável e com chuvas fortes se estenda até a manhã de terça-feira. Ressalta-se a importância de consultar os sites de previsão do tempo (CIRAM, INMET, CPTEC/INPE), visto que este blog tem apenas o fim de fazer análise técnica do tempo e clima.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL, CEOPS
FOTO: BLOG PAULO TEMPO
Mapas de criação própria

quarta-feira, 27 de julho de 2011

APÓS FRENTE FRIA, NOVAS INSTABILIDADES TROUXERAM TEMPORAIS E GRANIZO PARA SC

A passagem da frente fria no dia de ontem, que outrora se encontrava na Argentina, não foi tão "produtiva" no sentido meteorológico. O sistema frontal perdeu intensidade a medida que se aproximava de Santa Catarina, sendo desviado para alto mar em virtude daquele bloqueio atmosférico descrito na última postagem aqui do blog. Os dois momentos mais significativos foram em duas cidades catarinenses. Ontem a noite, por volta das 23h, uma moderada célula convectiva muito isolada aparecia nas imagem de satélite sobre parte do litoral norte, com topos frios das nuvens a temperaturas de -50ºC. 
A chuva mais significativa ficou sobre Itajaí onde precipitou 12,2mm em menos de uma hora de duração. A temperatura por lá estava aumentando durante a noite, mas caiu até três graus até o fim da madrugada de hoje. A segunda cidade foi Timbé do Sul, litoral sul, onde choveu 5,2mm.

O novo sistema de alta pressão pós frontal também teve deslocamento para leste, estando sobre o mar ao largo da costa gaúcha e uruguaia, como pode-se ver na figura de análise das 9h (abaixo).
Nessa mesma figura acima, vemos também as temperaturas a superfície. Perceba que a maior parte do ar frio na retaguarda da frente fria, ficou concentrado abaixo do sul do RS e que o ar quente voltou a adentrar de noroeste. Esse ingresso de ar quente de norte é ainda mais notório na figura com ventos a 1500m de altitude (abaixo).
Isso foi causado pela entrada de um novo cavado (área alongada de baixa pressão atmosférica) de oeste, o qual instabilizou o ar sobre Santa Catarina. O cavado é representado na figura abaixo pelos traços pretos, sendo que a convecção acontece na borda leste dele.
A ascensão do ar provoca convergência de umidade e auxilia na formação de nuvens de desenvolvimento vertical, que hoje se organizaram em células, como no verão. A mais intensa delas se deu no meio-oeste. Em Joaçaba, a chuva que iniciou por volta das 14h:45, veio acompanhada por granizo (vídeo abaixo), sendo que o acumulado de precipitação foi de 20mm e o vento chegou a 39,9km/h. Houve granizo também em Herval do Oeste e Luzerna. 



Na imagem de satélite abaixo, podemos ver a célula que provocou o granizo no meio-oeste. Os topos frios das nuvens alcançavam temperaturas de -50ºC. 
Na figura de análise das 9h, temos os índices de instabilidade K e Totals. Veja que o K está com valor em torno dos 30 sobre a região do meio-oeste (área circulada), o que é considerado fraco. Já o Totals apresenta valor de 50, o que já é moderado e levemente alto. Essa conjunção indica que a atmosfera estava suficiente úmida por abaixo, sendo que havia uma camada de ar seco e frio acima dos 3km de altitude, o que favoreceu o granizo e o grau isolado da tempestade. 
Nas outras regiões catarinenses, houve nebulosidade variável, sendo que a maior parte das cidades tiveram bons momentos de sol e inclusive céu quase limpo. Fez mais calor no oeste, onde foi medido 26ºC em São Miguel do Oeste. A menor temperatura hoje no estado foi de 5,7ºC em São Joaquim. 

A tendência, segundo o CIRAM, é que a quinta-feira seja de tempo bom mas com aumento de nuvens nas áreas próximas ao RS devido ao avanço de uma nova e intensa frente fria. Na sexta-feira há chance de temporais e granizo isolado, se estendendo para todo o estado ao longo do dia.


DADOS: INMET, CPTEC, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL
VÍDEO: PORTAL EDER LUIZ
Mapas de criação própria

segunda-feira, 25 de julho de 2011

VENTO INTENSO E AUMENTO GRADUAL NAS TEMPERATURAS EM SC

Durante o fim de semana tivemos a influência da circulação de umidade marítima a partir de um sistema de alta pressão pós frontal a leste da costa de Santa Catarina, cuja situação já havia sido descrita no sábado e que não foi muito diferente ontem. Nesta segunda-feira, os dois pontos importantes e que servem de chave para essa postagem, são o vento intenso, o aumento de temperatura e a persistência da circulação marítima.

Partindo dos pontos chave, podemos iniciar pelo vento. Tivemos velocidades altas de vento hoje em quase todo o Planalto e Litoral Sul catarinense, com valores ao redor dos 60km/h. No Morro da Igreja em Urubici, a 1822m, a rajada máxima registrada pela estação meteorológica do INMET (Instituto Nacional e Meteorologia) foi de 96km/h. Em Laguna, litoral sul, a rajada mais forte acusada pela estação do mesmo instituto referido foi de 71,3km/h. No município de Novo Horizonte, oeste, o vento máxima acusado pela estação foi de 58,6km/h. Confira mais detalhes das velocidades do vento na tabela abaixo.
Cidade (ESTAÇÃO Vento máximo (km/h) Região
Morro da Igreja - Urubici (CIRAM)96,0Planalto Sul
Laguna (INMET)71,3Litoral Sul
Novo Horizonte (CIRAM)58,6Oeste
Campos Novos (INMET)56,0Meio-oeste
Campo Belo do Sul  (CIRAM)54,3Planalto Sul
Sãi Miguel do Oeste (INMET)50,7Oeste

A presença desses ventos mais intensos, principalmente de norte e nordeste, foram permitidas pelo aumento de pressão atmosférica dentro do sistema de alta pressão pós frontal, que agora está mais configurado como subtropical. Isso faz aumentar a diferença de pressão entre esse sistema e as baixas pressões de uma frente fria no litoral da Argentina. Na figura de análise abaixo, vemos o sistema (letra A) sobre o oceano com pressão de 1036 hPa (hectoPascal). Perceba que a diferença de pressão chega a 30 hPa entre ambos os sistemas.
O que fortaleceu o sistema de alta pressão no oceano atlântico, foi a presença de um dipolo entre 6 e 12km de altitude. Tal configuração é quando temos um conjunto com circulação ciclônica (letra B) ao norte e circulação anticiclônica ao sul (letra A). Isso bifurca os ventos de oeste na alta troposfera, fazendo estacionar os sistemas transientes (frentes frias, cavados, etc), além de fortalecer os sistemas de alta pressão na superfície.
Esse mesmo fator faz adentrar ar quente, como aconteceu hoje em parte de Santa Catarina. Olhando a análise de ventos numa altitude de 1500m, vemos que eles já predominam de noroeste e que o ar quente (cores vermelhas) se alastra pelo Sul do Brasil, Uruguai e litoral norte da Argentina. 
Em Santa Catarina também houve acréscimo de temperatura. No sul do estado, as temperaturas se aproximaram dos 26ºC. As maiores foram de 25,6 ºC em Criciúma, 25,1ºC em Turvo e 24,7ºC em Urussanga. No oeste e meio-oeste, ficou mais agradável. Já no restante do território catarinense, ainda teve-se a influência da circulação de umidade do oceano, pelos mesmos ventos de nordeste. Por isso, não fez mais que 22ºC em muitas áreas. Na imagem do satélite GOES-12 no canal visível (abaixo), vemosa cobertura de nuvens desde o planalto serrano até o litoral norte.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL
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sábado, 23 de julho de 2011

MASSA DE AR POLAR TRAZ FRIO SECO NO INTERIOR E FRIO ÚMIDO NO LESTE

Instável em Itajaí-SC
A massa de ar polar na retaguarda da explosiva e rápida frente fria, cuja qual provocou fortes temporais em Santa Catarina, trouxe um frio com duas faces para o estado. No Oeste, Meio-oeste e Planalto Sul o frio foi mais intenso e seco. Já no Planalto Norte, Vale e Litoral, o frio foi úmido e menos intenso.

Começando pelo interior, tivemos apenas um registro negativo de temperatura nesta última madrugada no território catarinense. O valor foi acusado em São Joaquim onde fez -0,5ºC. Outra vez o efeito baixada esteve presente para os joaquinenses. A estação que apontou este valor negativo mencionado acima fica numa altitude de 1184m, no bairro Cetrejo. No entanto, outra estação localizada na localidade Colônia Cotia a 1375m, teve mínima positiva de 3,3ºC. Pelo restante do estado, as temperaturas mínimas mais próximas de zero foram de 2,4ºC no Morro da Igreja, além de 3,6ºC em Caçador e 3,8ºC em Urupema. Confira mais detalhes na tabela a seguir.
Cidade (ESTAÇÃO Temperatura Mínima (ºC) Região
São Joaquim (CIRAM)-0,5Planalto Sul
Urubici (PARTICULAR)2,1Planalto Sul
Morro da Igreja - Urubici (INMET)2,4Planalto Sul
Caçador (CIRAM)3,6Meio-oeste
Urupema (CIRAM)3,8Planalto Sul
Lages (INMET)4,9Planalto Sul
Campo Alegre (CIRAM)5,1Planalto Norte
Campos Novos (INMET)5,8Meio-oeste

No entanto, a presença de um anticiclone na média troposfera (6km de altitude) sobre o Centro-Oeste do Brasil (letra A na figura acima), que inclusive vem provocando tempo muito seco por lá, acabou retardando o avanço do sistema de alta pressão polar pelo continente e fazendo-o ir para o oceano. Pela figura de análise abaixo, vemos que o sistema de alta pressão polar encontra-se com valor de 1030 hPa (valor alto) a leste da costa gaúcha e que seus ventos de sudeste a leste chegam até o leste catarinense. 
Encontrando nosso relevo acidentado, esse vento úmido gera nuvens orográfias. Essas nuvens hoje estavam tão baixas em algumas áreas, que só o canal visível do satélite GOES conseguiu detectá-las. A nebulosidade conseguiu se formar no Planalto Norte, Vale e Litoral. Veja a seguir.
Entre chuviscos, garoas, chuvas fracas e raras aberturas de sol, boa parte da costa catarinense teve um dia instável. Como a precipitação é muito mal distribuída e pouco acumulativa, não tivemos mais que 1 milímetro registrados nas estações meteorológicas, sendo que choveu principalmente na Grande Florianópolis e Norte do estado.

Em virtude da cobertura de nuvens e raras aberturas de sol, boa parte do leste catarinense teve máximas abaixo dos 20ºC. Em São Francisco do Sul, por exemplo, não fez mais que 17,5ºC hoje a tarde. Já no planalto, apesar das poucas nuvens, o ar frio não deixou as temperaturas máximas se elevarem tanto, ficando com máxima de 19,5ºC em Dionísio Cerqueira.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL
FOTO: TERRA WAVES
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

FRENTE FRIA PASSOU "VOANDO" E PROVOCOU TEMPESTADES EM SC

Ontem, uma frente fria avançava pelo RS lentamente, sendo que levou quase 24 horas para atravessar parte do norte do estado gaúcho. Entretanto, o avanço de um novo cavado (área alongada de baixa pressão) do norte da Argentina, fez forma-se uma área de menor pressão atmosférica em superfície e baixos níveis (1500m). Isso fez com que a frente fria ganhasse velocidade. Para se ter uma idéia, depois desse "empurrão", a frente fria avançou do norte do RS para o centro de Santa Catarina em menos de 6 horas!. Na figura de análise abaixo, podemos ver que na noite de domingo, a área com menos pressão atraia os ventos de sul e de norte, bem como a diferença grande de temperatura entre as duas massas de ar.
Além da velocidade mais alta no deslocamento da frente fria, o cavado que chegou em altitude estava contornado pelo Jato Subtropical, que são ventos fortes em altitude. Esse jato é visto na cor vermelha da figura abaixo.
Esse jato lá encima estimulava ainda mais a ascensão do ar, aumentando a intensidade dos ventos quentes e úmidos vindos da floresta amazônica, os chamados Jatos de Baixos Níveis. Veja esse jato chegando justamente na região onde atuava o jato em altitude superior.
Esses três fatores contribuíram para a formação de fortes tempestades pelo estado, com chuva forte e altos acumulados de precipitação entre a noite de ontem e madrugada de hoje. Na imagem de satélite abaixo, vemos que as nuvens apresentavam topos congelados de até -80ºC (cor rosa) sobre o Meio-oeste e Planalto Sul, o que indica que elas atingiram altitudes superiores a 12km e dando condição a severidade.
Havia bastante descargas elétricas, detectadas pela rede Rindat. Veja abaixo.
Foi exatamente no Meio-oeste e Planalto Sul onde as mais fortes tempestades ocorreram, com vendavais e granizo. Em Curitibanos, o temporal começou na madrugada desta segunda-feira, sendo que os ventos de incríveis 156 km/h provocaram destelhamentos de casas e também do terminal rodoviário. Em Campos Novos, também no meio-oeste, a forte rajada de vento de 127 km/h e a queda de granizo, causaram destruição em 7 bairros, principalmente no centro. Por lá, durante todo o tempo de chuva forte o acumulado foi de 52,8mm, sendo que em menos de uma hora de chuva já havia precipitado 23,6mm. Nas fotos abaixo, é possível ver os estragos. Há suspeita de que tenha sido um tornado em Curitibanos. Veja que na terceira foto, a rodoviária teve parte da cobertura arrancada e destorcida pelo vento, mas o resto ficou intacto, inclusive as árvores e o ponto de ônibus.
Campos Novos-SC
Campos Novos-SC
Curitibanos-SC
Um bom índice instabilidade atmosférica para avaliação da formação de tornados é o Sweat, pois este conta bastante o grau de cisalhamento vertical do vento, ou seja, a mudança brusca de direção e velocidade em diferentes altitudes próximas. Isso, aliado a forte ascendência do ar culmina em rotação nas nuvens, peça chave na formação de tornados. Veja que o Sweat estava com valor de até 330 no oeste e meio-oeste, além algumas áreas do norte e litoral sul. Mas como o maior levantamento do ar naquele horário era no meio-oeste, os tornados ou nuvens funil podem ter ocorrido por lá. Infelizmente, não há radares meteorológicos que monitorem a região, uma lástima para a meteorologia operacional.
No Planalto Sul também houve estragos em vários municípios, como Campo Belo do Sul e Lages. No último município citado, o problema não foi tanto o vento, mas a chuva intensa de até 62,5mm, segundo a estação convencional do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). De acordo com o jornal Correio Lageano, houve deslizamentos de terra, alagamentos e o transbordamento do rio Carahá.
Lages-SC
Na segunda metade da madrugada, os maiores fortes temporais se concentraram no sul, Vale do Itajaí e oeste do estado. A maior rajada de vento foi em Siderópolis, com 60km/h. Houve bastante descargas elétricas nessas regiões, como mostra a próxima imagem de satélite com detecção de raios.
Inclusive no sul do estado, o Balneário Gaivota enfrenta vários alagamentos com a chuva dessa semana, que ultrapassa os 100mm na região. 
Balneário Gaivota-SC
Na tabela abaixo, você confere os maiores valores de precipitação acumulada em 24 horas, desde a manhã de de ontem até a manhã de hoje.

Cidade (ESTAÇÃO Precipitação acumulada (mm) 24 horas Região
Timbé do Sul (CIRAM)89,2Litoral Sul
São Joaquim (CIRAM)87,2Planalto Sul
Morro da Igreja - Urubici (CIRAM)76,2Planalto Sul
Jacinto Machado (CIRAM)74,8Litoral Sul
Turvo (CIRAM)74,0Litoral Sul
Campos Novos (CIRAM)65,6Meio-oeste
Lages (CIRAM)62,5Planalto Sul
São Miguel do Oeste (CIRAM)60,6Oeste

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL, CORREIO LAGEANO, PORTAL EDER LUIZ, CORREIO DO SUL.
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

MODELOS CLIMÁTICOS CATASTRÓFICOS ERRAM FEIO

Em vermelho desenha-se o gráfico da evolução da anomalia da temperatura mensal global desde Janeiro de 2001 até Abril de 2011, com relação às médias mensais do período de 20 anos entre 1980 e 1999. Em preto desenha-se o gráfico das previsões dos modelos do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).

É evidente que durante o Século XXI não está se verificando o aquecimento previsto.

Artigo repostado do blog CO2, de Antón Uriarte, que fala sobre o erro dos modelos climáticos de previsão usados pelo IPCC, em relação ao que está sendo medido realmente por satélite.

terça-feira, 19 de julho de 2011

CHUVAS E TEMPORAIS MARCAM O INÍCIO DE SEMANA EM SC

Depois do calor pré frontal no sábado, quando fez até 33,5ºC em Criciúma, a frente fria se aproximou do estado de Santa Catarina ao longo da madrugada de domingo. No entanto, ao entrar no estado, o sistema acabou adquirindo características estacionárias, como mostra a imagem de satélite com ilustração sinótica (acima).

A chuva começou já pela madrugada no sul do estado e toda a fronteira catarinense com o RS. Ao longo da manhã, começou a chover no restante do oeste, meio-oeste e planalto sul. Por fim, durante a tarde e principalmente a noite, o restante do estado registrou precipitação.

Entre a noite de domingo e madrugada de ontem, a chuva aumentou de intensidade e ocorreram alguns temporais pelo estado. Isso aconteceu pela influência de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis - VCAN (sistema de baixa pressão acima dos 10km de altitude), que mediante sua advecção de vorticidade ciclônica, acabou formando um cavado (área alongada de baixa pressão) na mesma altitude sobre o norte da Argentina. Os dois sistemas são visto na figura de análise de ventos nos altos níveis da troposfera (abaixo), onde o cavado é representado sinoticamente pelos traços pretos.
Na borda do cavado, o ar é impulsionado a ascender a partir da superfície, criando diferença de pressão entre a vizinhança e favorecendo uma frontogênese, ou seja, formação de uma nova frente fria.

As tempestades anunciadas anteriormente, aconteceram principalmente no oeste, meio-oeste e vale do Itajaí. Em Rio do Campo (Vale do Itajaí), as 6 horas de chuva acumularam 72mm. Em Campos Novos (Meio-oeste), o valor de chuva foi de 37,2mm e a rajada de vento alcançou os 80km/h na primeira hora de hoje. No município de Água Doce (Meio-Oeste) também houve vento forte, acusando rajada de 56km/h com precipitação de 53mm. Irineópolis (Planalto Norte) não teve vento forte, mas precipitou 38,4mm no mesmo tempo de duração. Já no sul do estado, o destaque não foi os temporais, mas sim a chuva constante e acumulativa durante o domingo, ontem e um pouco da madrugada desta terça-feira. Em Timbé do Sul, por exemplo, chegou a chover 137,8mm nesse período, o que é superior ao esperado para o mês de julho inteiro. Na tabela a seguir, você confere os maiores valores de precipitação acumulada nas últimas 50 horas.

Cidade (ESTAÇÃO Precipitação acumulada (mm) 50 horas Região
Timbé do Sul (CIRAM)137,8Litoral Sul
Turvo (CIRAM)91,8Litoral Sul
Jacinto Machado (CIRAM)89,6Litoral Sul
Meleiro (CIRAM)80,0Litoral Sul
Criciúma (CIRAM)75,0Litoral Sul
Rio do Campo (CIRAM)72,0Vale do Itajaí
Dionísio Cerqueira (CIRAM)67,0Oeste
Novo Horizonte (CIRAM)65,4Oeste
Morro Grande (CIRAM)64,2Litoral Sul
Araranguá (CIRAM)61,3Litoral Sul
Água Doce (CIRAM)53,0Meio-oeste
Rio do Oeste (CIRAM)43,6Vale do Itajaí

No entanto, apesar dos valores altos de chuva no oeste, muitas cidades desta respectiva região sequer acumularam mais que 5mm. Ou seja, grandes precipitações de caráter isolado. Tudo em função da baixa extensão vertical da camada úmida, que é vista na figura abaixo, onde tem-se um perfil da troposfera, mostrando valores de umidade relativa do ar (%) em cada altitude. Veja que entre a longitude 54ºW e 53ºW, ou seja, oeste catarinense, a umidade cai abaixo dos 50% a partir de uma altitude de 5km.
DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL
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sábado, 16 de julho de 2011

AQUECIMENTO PRÉ FRONTAL FAZ CIDADES CATARINENSES ULTRAPASSAREM OS 30ºC

A frente quente que atuava ontem foi até o Uruguai, onde se converteu em frente fria. Isso foi possível em virtude da chegada de um novo cavado (área alongada de baixa pressão) no alto da troposfera, o qual está contornado pelo jato subtropical (figura abaixo).
No entanto, o anticiclone na média e alta troposfera sobre o interior do Brasil, continua dificultando a incursão normal de sistemas transientes, como a frente fria formada. Esse anticiclone está tão intenso que o ingresso de calor e umidade da floresta amazônica para o Sul do Brasil ficou mais intenso. Essa massa quente e úmida vem através do Jato de Baixos Níveis, cujo qual está com ventos bastante fortes a 1500m, sobretudo no RS (áreas vermelhas com vento noroeste na figura abaixo).
Com a frente fria no sul gaúcho e a intensa corrente de jato em baixos níveis trazendo ar quente, as temperaturas subiram ainda mais em Santa Catarina, principalmente no sul do estado. As máximas ficaram ao redor dos 32/33ºC, chegando a alcançar 33,5ºC em Criciúma e 33,1ºC em Jacinto Machado. Na tabela abaixo, você confere mais detalhes.
Cidade (ESTAÇÃO Temperatura máxima (ºC) sábado Região
Criciúma (CIRAM)33,5Litoral Sul
Jacinto Machado (CIRAM)33,1Litoral Sul
Turvo (CIRAM)33,0Litoral Sul
Morro Grande (CIRAM)32,2Litoral Sul
Araranguá (CIRAM)29,3Litoral Sul
Cincórdia (CIRAM)28,9Oeste
Joaçaba (CIRAM)28,4Meio-oeste
Canoinhas (CIRAM)27,2Planalto Norte

Na figura de análise de temperaturas abaixo, podemos ver a divisão do ar quente ao norte (cores entre amarelo e vermelho) e o ar frio ao sul, (cor azul) delimitado pelo sistema frontal. 
A frente fria já formava nuvens com desenvolvimento vertical muito próximas de SC nesta tarde de sábado, como é visto na imagem de satélite abaixo.
Já no estado, o dia foi de sol, mas algumas áreas tinham formação de nevoeiros no final de tarde, como mostra a foto a seguir, tirada por mim em Florianópolis. Perceba ao fundo, que o topo da torre de telefonia móvel está todo coberto.
Ao longo do domingo, apesar de dificultada pelo anticiclone em altitudes superiores, a frente fria deve chegar lentamente a SC. A chuva deve começar pela manhã na divisa com o RS, se estendendo para o restante do estado ao longo da tarde. No litoral e norte catarinense, a chance maior é de chuva somente a noite.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL
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sexta-feira, 15 de julho de 2011

FRENTE QUENTE VAI PARA SUL E TRAZ TEMPO BOM COM CALOR PARA SANTA CATARINA

No começo da semana, o blog Paulo Tempo havia comentado na análise sobre a entrada de um cavado (área de baixa pressão alongada), cujo qual causava queda de pressão atmosférica sobre o estado e favorecia o ingresso de ar quente e úmido. Ao mesmo tempo, uma frente fria avançava pelo litoral do Uruguai. Ao longo da terça-feira, o ar quente continuava a dominar Santa Catarina, apesar de as noites ainda serem agradáveis e um pouco frias. As maiores máximas foram de 27,8ºC em São Miguel do Oeste, 27,7ºC em Joaçaba, 26,6ºC em Criciúma, 26,3ºC em Xanxerê e  25,9ºC em Campo Alegre. 

Pois bem, a mesma frente fria chegou a Santa Catarina na quarta-feira, mas se posicionou como frente semi-estacionária sobre o sul do estado. Isso, por que um anticiclone na média troposfera se encontrava sobre o centro do território brasileiro, dificultando o escoamentos de sistemas transientes, como cavados e frentes frias. Tal anticiclone (letra A), pode ser visto na figura de análise abaixo, que mostra os ventos numa altitude de 6km as 21h de quarta-feira.
O resultado, foi a presença de muita nebulosidade e chuvas sobre o território catarinense, como pode-se ver na imagem do satélite GOES-12 no canal infravermelho-colorido. Vale destacar que nesta imagem, as nuvens com pouco desenvolvimento vertical (nuvens baixas do tipo Stratus por exemplo) aparecem mais fracas pois emitem maior quantidade de radiação infravermelha ao espaço, que chega até o sensor do satélite.
Entre a noite de quarta-feira e madrugada de ontem, o anticiclone na média troposfera foi sobreposto por outro anticiclone na alta troposfera (12km de altitude), também conhecido como Alta da Bolívia (figura abaixo).
Com os dois anticiclones atuando nas altitudes diferentes sobre o centro do país, o ingresso de ar quente aumentou e fez frente semi-estacionária se converter em frente quente, cuja última avançou para o sul do estado em direção ao RS. Na imagem de satélite, é possível ver as nuvens mais desenvolvidas acompanhando o movimento da frente quente (linha com semicírculos preenchidos em vermelho)
Por isso, o tempo ficou bem dividido ontem, como mostra a figura abaixo onde vemos claramente e delimitação das massas de ar. Enquanto o sul e parte do litoral catarinense tinham céu nublado, chuva e temperatura amena, o restante do estado estava com sol e calor. As temperaturas máximas, por exemplo, divergiram-se, chegando a registrar 27,9ºC em Joaçaba e 26,8ºC em São Miguel do Oeste, ao passo que Criciúma e Florianópolis não tiveram mais que 16,0ºC em 19,5ºC respectivamente. Os maiores valores de chuva foram de 28,2mm em Jacinto Machado, 26,8mm em Araranguá e 23,8mm em Timbé do Sul. 
Até o início da madrugada desta sexta-feira, ainda havia chuva em alguns pontos do extremo sul catarinense. Confira na tabela abaixo, os maiores valores de precipitação acumulada nesses últimos três dias, segundo as estações meteorológicas do CIRAM (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina) e INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).
Cidade (ESTAÇÃO Chuva (mm) 72h Região
Campo Belo do Sul (CIRAM)34,4Planalto Sul
Jacinto Machado (CIRAM)31,6Litoral Sul
Timbé do Sul (CIRAM)28,9Litoral Sul
Turvo (CIRAM)26,6Litoral Sul
Urupema (CIRAM)21,1Planalto Sul

Com a frente quente quase alcançando o Uruguai, o tempo foi bom e com bastante sol durante hoje em Santa Catarina. Apesar de um ar mais fresco pela manhã, com mínima de 13,5ºC em Meleiro, a tarde as máximas subiram e fez calor. Porém, desta vez, a exemplo do início da semana, as maiores temperaturas foram registradas no sul do estado. Confira mais detalhes na tabela abaixo.
Cidade (ESTAÇÃO Temperatura máxima (ºC) sexta-feira Região
Criciúma (CIRAM)28,6Litoral Sul
Turvo (CIRAM)28,5Litoral Sul
Celso Ramos (CIRAM)27,7Meio-oeste
Meleiro (CIRAM)27,6Litoral Sul
Jacinto Machado (CIRAM)27,4Litoral Sul
São Miguel do Oeste (CIRAM)26,9Oeste
Indaial (CIRAM)26,8Vale do Itajaí
Joaçaba (CIRAM)26,5Meio-oeste


DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL
Mapas de criação própria

segunda-feira, 11 de julho de 2011

APÓS 8 DIAS DE FRIO NEGATIVO, SC TEM INSTABILIDADE E INGRESSO DE AR QUENTE

A semana que passou foi marcada pelo frio intenso em Santa Catarina, com ocorrências diárias de geada ampla, inclusive no litoral. No Planalto, as estações meteorológicas registraram oito dias consecutivos com temperaturas negativas. A menor delas foi em Urupema na sexta-feira, dia 8, quando fez gelados -7,5ºC. O último dia com valores negativos foi ontem, quando São Joaquim amanheceu com -1,1ºC. Porém, este valor foi acusado somente numa estação meteorológica, a qual está localizada numa baixada, onde o ar frio se acumula por ser mais denso. Já outra estação que fica num pico de montanha, teve mínima de positivos 9,8ºC, ou seja, grande diferença térmica numa mesma cidade em virtude da variação de relevo. Outro exemplo ótimo do efeito das baixadas foi em Urubici, onde a Pousada do Arcanjo acusou mínima de -2,6ºC, enquanto o Morro da Igreja, 900 metros de altura a mais, apresentou "quentes" 10,4ºC.

Contudo, como o valor negativo de ontem foi apenas em São Joaquim e Urubici, o dia em que que pode-se considerar o encerramento das temperaturas abaixo de zero mais amplamente, foi no sábado quando 11 cidades catarinenses apresentaram tais valores. Inclusive, também foi no sábado que Florianópolis teve a menor temperatura da semana, fazendo 3,1ºC e superando a marca da sexta-feira.

Na tabela abaixo, você confere essas e outras temperaturas positivas próximas de zero no estado na manhã de sábado.

Cidade (ESTAÇÃO Temperatura mínima (ºC) sábado Cidade (ESTAÇÃOTemperatura mínima (ºC) sábado
São Joaquim - Cetrejo (CIRAM)-2,6Campo Alegre (CIRAM)0,4
Major Vieira (CIRAM)-2,5Concórdia (CIRAM)0,4
Monte Castelo (CIRAM)-2,5Campo Novos (INMET)0,7
Três Barras (CIRAM)-2,1Ituporanga (INMET)1,0
Papanduva (CIRAM)-2,1Araranguá (CIRAM)1,6
Canoinhas (CIRAM)-2,0Jacinto Machado (CIRAM)1,8
Itaiópolis (CIRAM)-1,8Criciúma (CIRAM)2,0
Irineópolis (CIRAM)-0,9Lontras (INMET)2,3
Caçador  (INMET)-0,7Turvo (CIRAM)2,7
Porto União (CIRAM)-0,6Florianópolis (CIRAM)3,1
Abdon Batista (CIRAM)-0,5Meleiro (CIRAM)3,7
Rio Negrinho (CIRAM)0,1Itajaí (INMET)4,5
Rio do Campo (INMET)0,3São Francisco do Sul (INMET)4,7

O frio durante as manhãs e tardes diminuiu, em relação a gelada semana que passou. Ontem, por exemplo, fez até calor no sul do estado, onde fez máxima de 27,2ºC em Urussanga, 27,1ºC em Criciúma, 26,1ºC em Turvo e 25,2ºC em Jacinto Machado. Pelo restante do estado catarinense, também houve acréscimo de temperatura, com máximas de 25ºC em Curitibanos, 24,7ºC em Xanxerê, 24,6ºC em São Miguel do Oeste, 24,5ºC em Rio das Antas e 24ºC em Rio Negrinho. Lembram das mínimas próximas de zero e abaixo de zero acusadas por lá nesses últimos dias? É a gangorra térmica atuando!

O que motivava esse ingresso de ar mais quente e o enfraquecimento do ar frio, era o aumento das correntes de jato em baixos níveis da troposfera. Esses ventos da ordem de 80km/h a 1500m traziam ar quente da floresta amazônica para o estado. A figura abaixo, mostra a análise de advecção de temperatura. Veja que sobre o oeste, meio-oeste e sul catarinense, há cores vermelhas, indicando advecção positiva, ou seja, de ar quente.
O sistema que impulsionou esse ingresso de ar quente, foi a entrada de um cavado (área alongada de baixa pressão atmosférica) na média troposfera, algo em torno de 6km de altitude, representado sinoticamente pelos traços pretos na figura a seguir.  Esse sistema causou ascenção do ar em sua borda leste, o que resultou em queda de pressão atmosférica e consequentemente ventos mais fortes de norte a 1500m.
Esse ar quente vinha úmido, o que associado a uma frente fria que avançava pelo litoral do Uruguai, contribuiu para organizar a nebulosidade. Nos céus, a volta das nuvens altas do tipo cirrus, que se ausentaram na sexta-feira e sábado, denunciavam mudança no tempo durante o domingo. Na foto abaixo, tirada por mim em Florianópolis, é possível observar tal nebulosidade.
Florianópolis-SC
A nebulosidade mais significativa era durante a madrugada desta segunda-feira, apesar de não ser tão forte assim. Nas imagens de satélite abaixo, uma as 3h e outra as 9h, é possível ver o avanço das nuvens
 Segundo as estações meteorológicas do CIRAM (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina) e INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), os maiores valores de chuva foram de  6,8mm em Rio do Campo, 5,4mm em Rio do Oeste, 5,0mm em Major Vieira,  4,2mm em Apiúna, 3,6mm em Jacinto Machado, 3,4mm em Lebon Régis, 3,0mm em Campos Novos, 2,6mm em Painel e 2,2mm em Timbé do Sul.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL, CLIMATERRA
FOTO: BLOG PAULO TEMPO
Mapas de criação própria