No dia 07 de agosto de 2005, um domingo, uma frente fria chegou em SC provocando chuva e temporais localizados. No dia 08 esse sistema junto com uma baixa pressão, manteve o tempo chuvoso no Estado. Inclusive com o avanço do ar polar e alta umidade, houve registro de neve por 15 minutos de duração no Morro da Igreja em Urubici. Na terça-feira, dia 09, o sistema frontal estava no sudeste do Brasil. A baixa pressão se encaminhou para o mar e formou um ciclone extratropical bem próximo a costa de Florianópolis. veja na sequência de imagens de satélite abaixo a formação do sistema nesse dia.
Com a formação do ciclone extratropical, a tarde e noite da terça-feira (09/08/2005) foi chuvosa e com ventos fortes. As rajadas de vento chegaram aos 138 km/h na Ilha do Arvoredo, 93,6 Km/h em Florianópolis e 70 Km/h em Navegantes. O aeroporto Hercílio Luz chegou a fechar. Outro fato ocorrido no aeroporto da capital foi uma aeronave que com a força do vento chegou a girar na pista. Felizmente não havia passageiros dentro. A população de Florianópolis ficou as escuras devido a um blecaute que deixou 30% da ilha sem energia elétrica. Os estragos não ficaram limitados a Florianópolis. Houve destelhamentos de casas, deslizamentos de terra, queda de árvores e falta de energia elétrica em 19 municípios do Estado.
Em virtude dos ventos fortes, o mar ficou muito agitado e as ondas chegaram a alcançar sete metros de altura a 35 km da costa catarinense e entre três e quatro metros no litoral, provocando a maior ressaca dos últimos quatro anos. Na praia da Armação em Florianópolis, houve destruição de embarcações. Um barco que saia de Imbituba acabou naufragando.
No dia seguinte, uma quarta-feira, ainda havia ventos de 50 Km/h nos aeroportos de Florianópolis e Navegantes e 100 km/h na Ilha do Arvoredo. Na madrugada o desabamento de um edifício de três andares no município de Içara causou a morte de três pessoas. Veja a sequencia de imagens de satélite abaixo mostrando a evolução do sistema.
Na madrugada de quinta-feira (11/08/2005) o ciclone extratropical estava a cerca de 500 km da costa catarinense. Porém mesmo assim ainda havia ventos e o mar estava agitado.
Bom, essa postagem teve como fim destacar esse evento pelo lugar de formação, ou seja, mais ao norte e bem perto da costa e também pelos estragos causados por esse ciclone. Vale lembrar que os ciclones extratropicais são comuns no outono e inverno e esse mereceu atenção apenas pelos motivos apresentados acima.
FONTES DOS DADOS:
-> EPAGRI-CIRAM
-> A NOTÍCIA
-> REVISTA NÁUTICA ONLINE
-> UOL
-> TERRA
-> FOLHA ONLINE
-> AGECOM/UFSC
-> O NORTE
IMAGENS DE SATÉLITE:
-> INMET
-> CPTEC/INPE