Esse ciclone gerou um sistema frontal sobre o Sul do Brasil, o qual avança para o oceano sen adentrar o Brasil, até porque nesta época do ano dificilmente as frentes conseguem realizar tal deslocamento. Durante esta madrugada e em alguns momentos do dia, a junção da umidade e calor vindos da floresta amazônica e a presença do ciclone e cavados embebidos na circulação, provocaram a formação de temporais isolados e pancadas de chuva ao longo do dia sobre Santa Catarina.
Por volta das 2 horas de hoje, nuvens de desenvolvimento vertical com topos frios de até -70ºC cobriram o oeste de SC. Em São Miguel do Oeste, a chuva mais intensa acompanhada de trovoadas durou em torno de três horas, somando 19,6mm na estação automática do INMET, sendo que choveu fraco antes e depois disso. Em Itá, próximo de Chapecó, a estação do CIRAM obteve 15,0mm acumulados durante a madrugada. Na imagem de satélite no canal infravermelho realçado abaixo, pode-se ver a formação destaca para melhor visualização.

No Vale do Itajai, a cidade de Indaial onde a temperatura máxima alcançou os 32,6ºC com umidade de 60%, registrou chuva forte com descargas elétricas devido a uma célula convectiva isolada das demais. Segundo o INMET, choveu 9,2mm durante o evento. Na imagem de satélite abaixo consegue visulizar a célula destacada, não deixando de notar as nuvens com topos frios de até -80ºC.


Para a quinta-feira, a previsão é de melhora no tempo no centro-oeste do Estado. No entanto no leste e áreas próximas do PR ainda deve chover, por vezes de forma intensa em função de um cavado (área alongada de baixa pressão) em superfície. Na sexta-feira o tempo também fica melhor nessas áreas, assim como em todo o território catarinense.
DADOS: CPTEC/INPE, INMET, EPAGRI-CIRAM