Abaixo, veja os acumulados de precipitação em 72 horas, bem como os efeitos dessa forte chuva sobre o Estado:
PLANALTO SUL:
Urubici | 116,0mm |
Lages | 85,8mm |
Alagamento em Lages
Em Lages, a chuva forte de 69,9 milímetros em 6 horas, fez o rio Cahará que corta a cidade transbordar, alagando as regiões próximas, sobretudo na região central. Ainda após a chuva, os alagamentos ainda perduravam.
SUL:
Timbé do Sul | 211,6mm |
Siderópolis | 118,2mm |
Jacinto Machado | 109,7mm |
Nova Veneza | 106,2mm |
Turvo | 101,2mm |
Criciúma | 97,6mm |
Destruição de rodovia em Nova Veneza
Enchente em Jacinto Machado
No município de Nova veneza a chuva, que foi mais intensa na quinta-feira, provocou um acumulado de 106,2mm. Em virtude disso ocorreram alagamentos, deslizamentos de terra, interrupção de rodovias e queda de pontes. Em Jacinto Machado, a chuva contínua que desde a quinta-feira já soma 109,7 milímetros, causou aumento do nível do rio da Pedra e provocou alagamentos e isolamento de parte da cidade.
GRANDE FLORIANÓPOLIS:
Florianópolis | 102,8mm |
Antônio Carlos | 87,8mm |
São José | 58,2mm |
Queda de ponte em São José
Os estragos e a maior quantidade de chuva se deram na noite de quinta-feira, quando um intenso temporal provocou acumulados significativos nas estações meteorológicas da região. Em São José, onde choveu 58,2mm, houve queda de uma ponte. Em Antônio Carlos, chegou a chover 87,8 milímetros em apenas 3 horas de duração! Veja na imagem do radar meteorológico localizado no Morro da Igreja, a chuva forte na região, estimada em 45 milímetros por hora!
O motivo para tanta chuva é o já comentado aqui no blog, previsto pelos centros de previsão. Entre quinta e sexta-feira, o cavado (área alongada de baixa pressão) que estava no leste catarinense acabou evoluindo para um sistema de baixa pressão com circulação de ventos fechada. Essa conversão se deve ao Vórtice Ciclônico, que é um sistema de baixa pressão lá no alto da troposfera, o qual nesse caso encontrava-se a 5km de altitudo sobre o oeste da região sul do Brasil. Todas essas condições somadas ao ingresso de umidade marítima, foram cruciais para a forte chuva que estrapolou os 100mm.
Neste sábado, o vórtice ciclônico perdeu um pouco de sua configuração, refletindo na superfície e causando a conversão do sistema de baixa pressão de volta para um cavado. Para o domingo, de acordo com o CPTEC/INPE, a tendência é que o vórtice ciclônico ganhe força em altitude, fazendo com que em baixos níveis da troposfera os ventos úmidos e quentes da Amazônia se alinhem com nosso Estado. Com isso, espera-se muita chuva ainda no domingo e início da semana. Mais informações em breve.
DADOS: CPTEC/INPE, INMET, EPAGRI-CIRAM, DIÁRIO CATARINENSE, PORTAL ENGEPLUS, PORTAL VENEZA.
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