De uma forma geral, setembro deste ano de 2011 foi caracterizado por divisão nas anomalias de chuva pelo estado. Foi um mês ainda com registro de temperaturas negativas, em pelo menos dois eventos de massa de ar frio polar. No entanto, ondas de calor começaram a predominar no período diurno. Esse contraste é que potencializou temporais durante o mês em questão.
Como salientado na introdução, o mês foi dividido entre anomalias de chuva positivas e negativas pelo estado. Enquanto o extremo norte e sul catarinense tiveram chuva abaixo do normal, as demais regiões apresentaram valores dentro e acima da normal climatológica para setembro. Na figura abaixo, com a anomalia de precipitação acumulada em setembro em relação a média, vemos que chegou a chover até 100mm a mais que o normal no Meio-Oeste e parte do Vale do Itajaí.
Em Campos Novos, por exemplo, choveu 212mm, quando o normal seria precipitar 176mm (média histórica). Em Indaial, choveu 240mm, sendo que a média climatológica é de 118mm. Em São José, choveu 255mm, contra 105mm da média climatológica. A maior parte dessa chuva se deu na primeira quinzena do mês, sobretudo na região onde nasce o rio Itajaí-Açu, o que causou sua elevação e inundou cidades como Rio do Sul, Blumenau, Brusque e Itajaí, cuja última fica na foz. Esse comentário pode ser provado pelo gráfico abaixo, que mostra as chuvas diárias de todos os dias de setembro-2011. Veja que os picos de chuva foram entre os dias 6 e 8.
As temperaturas, como já mencionado anteriormente, variaram entre ondas de frio, ondas de calor e amplitudes diárias. Tivemos dois eventos significativos de frio e temperaturas negativas, um no dia 02 e outro no dia 12. No primeiro evento, 18 estações meteorológicas tiveram valores abaixo de zero, com destaque para Urupema onde fez -5,2ºC. No segundo evento, apenas três estações tiveram temperatura negativa, sendo a menor novamente em Urupema com -2,7ºC. Com as massas de ar seco, as madrugadas ficaram sempre amenas, mesmo não sendo tão frio. Por isso, o mês fechou com temperatura mínima média abaixo do normal, como vê-se na figura abaixo.
As temperaturas, como já mencionado anteriormente, variaram entre ondas de frio, ondas de calor e amplitudes diárias. Tivemos dois eventos significativos de frio e temperaturas negativas, um no dia 02 e outro no dia 12. No primeiro evento, 18 estações meteorológicas tiveram valores abaixo de zero, com destaque para Urupema onde fez -5,2ºC. No segundo evento, apenas três estações tiveram temperatura negativa, sendo a menor novamente em Urupema com -2,7ºC. Com as massas de ar seco, as madrugadas ficaram sempre amenas, mesmo não sendo tão frio. Por isso, o mês fechou com temperatura mínima média abaixo do normal, como vê-se na figura abaixo.
Assim como houve eventos de frio, teve-se de calor. Pelo menos dois intensos episódios de calor se apresentaram no mês, sobretudo associado a períodos pré-frontais, ou seja, aquela ingresso de ar quente provocado pela formação e aproximação de um sistema frontal. As maiores temperaturas do mês foram de 34,1ºC em Joaçaba e 33,6ºC em Urussanga. Mesmo com esses eventos de calor, a maior parte do estado teve tardes com temperatura dentro do normal. Apenas no sul houve anomalias positivas e no Planalto Sul e divisa com o PR anomalias negativas.
Os sistemas que mais atuaram para provocar chuvas durante setembro de 2011, foram sistemas frontais, cavados (área alongada de baixa pressão atmosférica), circulação marítima e Jato Subtropical (ventos fortes na alta troposfera da zona subtropical). O evento de chuva que elevou o nível do rio Itajaí-Açu no início do mês, foi um sistema frontal semi-estacionário.
Analisando o mapa com anomalia de temperatura média da superfície do mar durante o mês de setembro, percebe-se que o oceano Pacífico já começou a dar sinais de retorno da La Niña, podendo até se dizer que estamos com fraco La Niña. Isso deveria refletir em poucas chuvas, mas não foi o que acontece em SC. O que explica ou pode pelo menos explicar, é águas mais quentes que o normal no oceano Atlântico a norte da América do Sul, o que altera a circulação atmosférica, levando mais chuvas para o sul e seca na Amazônia, como de fato ocorreu. A La Niña só interferiu nas ondas de frio e nos períodos menos chuvosos da segunda quinzena do mês.
DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, AGRITEMPO, NOAA