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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

FRENTE FRIA TRAZ TEMPORAIS E VENTOS INTENSOS EM SANTA CATARINA

Essa era a imagem do satélite GOES-10 no canal infravermelho realçado desta segunda-feira (30/11/2009) na hora dos temporais. Observe os tons em rosa, os quais indicam nuvens com topos frios de temperatura de até -80ºC, bem acima de nós catarinenses. A região atingida em Santa Catarina foi o oeste e meio-oeste. As cidades mais afetadas foram Itapiranga, São Miguel do Oeste e Chapecó onde nesta última os ventos chegaram aos 92Km/h.

Na foto abaixo, retirada do site do jornal Diário Catarinense vemos os estragos causados pelo vento forte em Itapiranga:
Confira na tabela abaixo os valores máximos de velocidade do vento em algumas cidades da região afetada:

Chapecó

92,0Km/h

Xanxerê

76,6Km/h

São Miguel do Oeste

74,8Km/h

Dionísio Cerqueira

66,6Km/h

Campo Belo do Sul
50,4Km/h

Houve bastante chuva também, com acumulado mais significativo em Dionísio Cerqueira, onde choveu 16,8mm em menos de uma hora.

Logo mais durante a noite, qjando parecia que as instabilidades haviam enfraquecido, eis que um núcleo convectivo forma-se na Grande Florianópolis, provocando chuva forte, com raios e vento. Choveu tanto que o pluviômetro da estação do Instituto Nacional de Meteorologia em São José registrou em pouco tempo 32,6mm de precipitação. A seguir, pode-se ver esse registro na recortagem da tabela dos meteorológicos do Instituto. Note a virada brusca na direção do vento, mudando de Norte/nordeste (360º e 5º) para Sul/sudoeste (188º e 174º). (Clique para ampliar)


Na estação Paulo Tempo, localizada no bairro Capoeiras em Florianópolis, acumulei 36,5mm em poucos minutos. Não pude deixar de tirar um foto de meu pluviômetro, registrando tal valor. Confira:

Em virtude das descargas atmosféricas, parte de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu ficaram sem energia elétrica. Além disso, de acordo com a defesa civil, na capital houve destelhamentos na Vila Aparecida e Morro do Mocotó. Os alagamentos ocorreram em áreas do sul da ilha e no centro. Muitos acidentes de veículos foram registrados. Veja na foto abaixo o caos:

Isso tudo ocorreu por conta de uma frente fria, associada a uma intensa área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e norte da Argentina, impulssionando calor e umidade da Amazônia para o Sul do Brasil e assim intensificando as instabilidades. Como a frente fria está se deslocando para leste rumo ao oceano, a tendência, de acordo com o CPTEC/INPE e EPAGRI-CIRAM é que o tempo melhore sobre o território catarinense. No entanto, um cavado (baixa pressão alongada com circulação aberta dos ventos) associado a esta frente, deve continua sobre SC, dando condições de tempo instável com pancadas de chuva.

DADOS: CPTEC/INPE, INMET, REDEMET, DIÁRIO CATARINENSE

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