Lages - SC. Foto: Thiago Paes |
A massa de ar polar que estava ingressando ontem em Santa Catarina, provocou um frio incomum para dezembro na madrugada e manhã desta terça-feira. No Morro da Igreja em Urubici (1810 metros de altitude), a temperatura mínima chegou a 1,1ºC. Em São Joaquim, a estação meteorológica do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou mínima de 4,2ºC, porém a da Climaterra localizada na Vila Francioni apontou 3,4ºC. Em Urupema a estação convencional do CIRAM (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina) teve 4,9ºC. O município serrano de Lages (foto do colaborador Thiago Paes acima), amanheceu também com frio fora de época, com registro de 7ºC. Segundo o CIRAM, as temperaturas mínimas desta terça-feira na serra catarinense foram as mais baixas em dezembro desde 1995.
No meio-oeste, a menor temperatura mínima foi no município de Celso Ramos, com 3,4ºC, sendo uma das mais baixas nos últimos anos. No litoral, a estação meteorológica do aeroporto de Joinville teve mínima de 14ºC, perdendo apenas para dezembro de 2007 quando havia feito 13ºC. Já em Florianópolis, a mínima chegou a 14,6ºC, a menor em dezembro desde 1992. No interior do litoral sul, Jacinto Machado amanheceu com 7,5ºC.
Na tabela a seguir, você confere os demais valores de temperatura mínima hoje pelo estado.
Cidade (ESTAÇÃO) | Temperatura mínima (ºC) |
Morro da Igreja - Urubici (INMET) | 1,1 |
São Joaquim - Vila Francioni (CLIMATERRA) | 3,4 |
Celso Ramos (CIRAM) | 3,4 |
Campo Belo do Sul (CIRAM) | 4,1 |
São Joaquim (INMET) | 4,2 |
Anitápolis (CIRAM) | 5,5 |
Abdon Batista (INMET) | 5,7 |
Timbé do Sul (CIRAM) | 6,7 |
Lages (CIRAM) | 7,0 |
Concórdia (CIRAM) | 7,0 |
Caibi (CIRAM) | 7,3 |
Jacinto Machado (CIRAM) | 7,5 |
Turvo (CIRAM) | 8,1 |
Ituporanga (INMET) | 9,0 |
Major Vieira (INMET) | 10,2 |
Itajaí (INMET) | 13,3 |
Florianópolis (CIRAM) | 14,6 |
A maior chance de geada era no Planalto Sul devido ao suporte maior de ar frio. Porém dois fatores não permitiram a formação do fenômeno. Um deles é o vento, que causou mistura de ar, impedindo a inversão térmica (ar frio mais denso embaixo e ar menos frio acima). No gráfico da estação meteorológica do Morro da Igreja em Uribici, podemos notar que a velocidade média do vento alternava entre 30 e 40km/h.
O segundo fator foi a presença de nebulosidade, que atrapalha a perda radiativa. Essa nebulosidade também predominou no nordeste do estado e parte do litoral, como é visto na imagem de satélite abaixo.
Essas nuvens eram causadas porque apesar de a frente fria ter ido embora, ela permaneceu em forma de cavado entre 2500 e 3000 metros de altitude (traços brancos na imagem de satélite) sobre SC, formando nebulosidade do tipo altostratus e alguns stratus. Inclusive houve ainda algumas chuvas isoladas em Itajaí, Joinville, Itapoá e Florianópolis.
Essas nuvens eram causadas porque apesar de a frente fria ter ido embora, ela permaneceu em forma de cavado entre 2500 e 3000 metros de altitude (traços brancos na imagem de satélite) sobre SC, formando nebulosidade do tipo altostratus e alguns stratus. Inclusive houve ainda algumas chuvas isoladas em Itajaí, Joinville, Itapoá e Florianópolis.
Durante a tarde, com menos nuvens e sob condição de ar mais seco, as temperaturas se elevaram rapidamente no planalto e interior do litoral sul, fazendo até calor em algumas cidades, com máximas de 27,1ºC em Criciúma e 26,7ºC em Caibi. A umidade relativa do ar entrou em queda, registrando 37% a tarde em São Joaquim.
A tendência é que o sistema de alta pressão pós frontal, ou seja, o centro do ar frio, se desloque para alto mar nas próximas horas. A partir desta quarta-feira, a interação desse sistema com a atuação de uma área de baixa pressão na costa de SP, deve favorecer a persistência de ventos de leste no litoral catarinense, que trazem umidade marítima e formam nuvens, provocando chuvas. Segundo o CIRAM, há risco de alagamentos e alguns deslizamentos de terra em alguns pontos devido ao solo que está já saturado devido as últimas chuvas.
DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL, CLIMATERRA, DIÁRIO CATARINENSE
FOTO: Colaborador Thiago Paes - Lages
A tendência é que o sistema de alta pressão pós frontal, ou seja, o centro do ar frio, se desloque para alto mar nas próximas horas. A partir desta quarta-feira, a interação desse sistema com a atuação de uma área de baixa pressão na costa de SP, deve favorecer a persistência de ventos de leste no litoral catarinense, que trazem umidade marítima e formam nuvens, provocando chuvas. Segundo o CIRAM, há risco de alagamentos e alguns deslizamentos de terra em alguns pontos devido ao solo que está já saturado devido as últimas chuvas.
DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL, CLIMATERRA, DIÁRIO CATARINENSE
FOTO: Colaborador Thiago Paes - Lages