O estabelecimento de um cavado, que é uma área de baixa pressão atmosférica onde os ventos ondulam ao invés de circularem em torno de um centro, aliado ao Jato de Baixos Niveis (ventos fortes a 2Km de altitude), o qual traz calor e muita umidade da floresta amazônica, provocaram a formação de núcleos de convecção em Santa Catarina, identificados na imagem do satélite GOES-12 no canal realçado no início desta postagem.Um desses núcleos se formaram sobre a Grande Florianópolis. Nas fotos abaixo, exclusivas do blog Paulo Tempo, pode-se ver a tempestade intensa que se aproximava de Florianópolis por volta das seis e trinta da noite.
A tempestade sobre a Grande Florianópolis provocou acumulado de precipitação de 58,4 mm em Águas Mornas, sendo que pelo menos 99% desse valor se deu em menos de uma hora. Em Anitápolis choveu 43,0mm. Caminhando para a parte litorânea da região, houve menos volume de chuva, somando 5,2mm em São José e 4,0mm na estação Paulo Tempo em Florianópolis.No Vale do Itajai também ocorreram temporais, evidenciados pela imagem de satélite acima. Em Indaia, depois do calor de 32,6ºC, um temporal assolou a cidade, acumulando 8,0mm na estação do INMET. Em Apiúna na estação do CIRAM, teve-se 7,1mm de precipitação.
No sul do Estado, Criciúma onde fez 31,8ºC de máxima hoje, durante a tempestade choveu 13,6mm na estação do CIRAM. Em Nova Veneza, na mesma região, acumulou-se 9,1mm de chuva neste evento.
Na imagem abaixo, do radar meteorológico localizado no Morro da Igreja, pode-se identificar os pontos de chuva fraca (azul), moderada (verde a amarelo), forte (vermelho) e muito forte (rosa, roxo e branco) durante este evento. Note que na Grande Florianópolis o radar acusou chuva moderada, assim como nas outras regiões. Clique para ampliar.
PREVISÃO
A previsão é que se mantenha o ar instável em SC pelo menos até sexta-feira, com pancadas de chuva e descargas elétricas. Risco de tempestades severas em pontos isolados.
DADOS: CPTEC/INPE, INMET, EPAGRI-CIRAM, REDEMET
