Chuvas e ventos fortes causam destruições. Na foto, alagamento em Palhoça.O VCAN (Vórtice Ciclônico de Altos Níveis) comentado ontem no blog, acabou se aprofundando para os níveis inferiores da troposfera no dia de hoje. Essa condição deu início ao que chama-se em meteorologia de Ciclogênese, que é a formação de um ciclone extratropical. Durante esse processo ocorrem chuvas intensas em Santa Catarina. Na tabela abaixo você confere os valores de chuva desde ontem no Estado:
| São José | 162,1mm |
| Florianópolis | 131,0mm |
| Ouro | 115,0mm |
| Antônio Carlos | 101,4mm |
| Piratuba | 100,1mm |
| Itajai | 99,8mm |
| Campos Novos | 80,8mm |
| Anitápolis | 65,5mm |
| Lages | 58,5mm |
| Meleiro | 44,5mm |
| Turvo | 38,1mm |
Repare os valores muito altos na região da Grande Florianópolis, principalmente São José onde já foi acumulado 162,1 milímetros de chuva nas últimas 24 horas, sendo praticamente 80% só agora a noite. Na capital catarinense, dos 131 milímetros registrados, quase 80mm foram agora a noite. Além da chuva intensa, venta bastante na região. De acordo com o jornal online Diário Catarinense, já há registros de queda de energia elétrica nos bairros: Saco dos Limões, José Mendes, Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa. A via expressa, rodovia que dá acesso a capital, foi interditada devido ao alagamento na pista. O aeroporto Hercílio Luz fechou para pousos e decolagens em virtude das rajadas de vento de até 70km/h e a visibilidade que foi reduzida a 500 metros!.
Pela imagem do radar meteorológico do Morro da Igreja, podemos notar que neste momento chove intensamente na região da Grande Florianópolis. As cores em vermelho indicam áreas onde em média chove 40mm/h, estimada pelo próprio radar.
Com a formação e intensificação do ciclone extratropical, os ventos ficaram muito intensos em Santa Catarina. As rajadas mais fortes se deram em Laguna com 101,5km/h, Florianópolis com 70km/h, Itajai com 64,2km/h, Major Vieira com 61,5km/h, São José com 61,2km/h e Criciúma com 53,0km/h.
Essa era a imagem de satélite das 23h, ilustrada com os principais sistemas atuantes hoje. Note que mesmo a frente fria ter se deslocado para o oceano, o VCAN, agora posicionado entre a Argentina e oeste de SC, gerou nebulosidade muito intensa em sua borda leste, a qual provoca essa chuva toda em Florianópolis, somada aos ventos muito fortes do ciclone extratropical em superfície (B).
Em breve mais informações sobre a chuva e os fortes ventos.
DADOS: CPTEC/INPE, INMET, EPAGRI-CIRAM, DIÁRIO CATARINENSE
