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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

VÓRTICE CICLÔNICO TRAZ CHUVA FORTE PARA O SUL CATARINENSE

O cavado comentado ontem, se converteu em um Vórtice Ciclônico, que é um centro de baixa pressão localizado numa altitude de aproximadamente 5km. Na figura abaixo, podemos identificar esse sistema pela sigla VC, onde os ventos giram em torno de um centro no oeste da região Sul do Brasil.

Como o levantamento do ar é permitido apenas nas bordas leste e nordeste desse sistema, a pressão atmosférica cai, o vento quente e úmido da Amazônia e do oceano Atlântico chega mais intenso e as nuvens com desenvolvimento vertical se formam. O sul do estado foi a região mais atingida, com acumulados de chuva superiores a 100mm. Isso é evidenciado pela imagem de satélite abaixo, onde um grande aglomerado de nuvens com topos frios de até -50ºC cobrem a região (área circulada). 


Na tabela abaixo você confere os valores de precipitação acumulada na região e também na capital, lembrando que a maioria esmagadora foi em menos de 6 horas de duração.

Cidade (ESTAÇÃO)Precipitação acumulada (mm) 18/01/2011
Criciúma (CIRAM)162,4
Urussanga (INMET)143,4
Nova Veneza (CIRAM)97,2
Morro Grande (CIRAM)71,4
Turvo (CIRAM)70,4
Meleiro  (CIRAM)63,2
Florianópolis (CIRAM)64,3
Jacinto Machado (CIRAM)53,6

Criciúma
Em Criciúma choveu 162,4mm, ou seja, todo o esperado para o mês de janeiro. em apenas 6 horas Já no início da precipitação, a estação do CIRAM havia acumulado 107,8mm em duas horas. Houve alagamentos pela cidade (foto acima), sendo que em algumas partes a água chegava a alcançar 1 metro de altura. Vários supermercados e estabecimentos foram afetados. O túnel do terminal central chegou a ficar submerso. Nos bairros Santa Catarina e Operária Nova, ocorreram deslizamentos de terra. No Morro do Cechinel houve queda de barreira, interditando a principal rua. Já no bairro Imperatriz, o alto acumulado de chuva em pouco tempo causou o transbordamento do Rio Sangão, fazendo com que os móveis das casas boiassem nas águas. O rio Criciúma também estava perto de transbordar no início desta noite.

Já em Siderópolis, o prefeito da cidade decretou situação de emergência devido ao estragos causados pela chuva. Segundo ele, ainda será feito um levantamento de tudo que ocorreu. A foto abaixo mostra o alagamento por lá.

Siderópolis
No município de Maracajá, também no sul catarinense, a forte chuva provocou alagamentos (foto abaixo), fazendo com que 70 famílias deixassem suas casas. O prefeito também deve decretar situação de emergência amanhã, segundo o Portal Engeplus informou.

Maracajá
Situação de alerta também em Cocal do Sul, onde várias ruas estão alagadas e moradores estão retirando os móveis de suas residências. Em Urussanga, a localidade de Rio Salto está atenta a elevação de um rio, que pode transbordar a qualquer momento (foto abaixo). As águas já formaram uma cratera no meio da ponte.

Urussanga
Em Nova Veneza onde choveu 97,2mm, as áreas próximas ao Palácio Municipal no centro da cidade, ficaram alagadas, como mostra a foto a seguir.

Nova Veneza
A chuva de 84mm registrada em Tubarão por uma estação particular da empresa Plantar Agronomia, causou alagamentos em diversos pontos da cidade, além do deslizamento de uma pedra no bairro Caruru. Em Morro Grande, que teve precipitação de 71,4mm, apresentou alagamentos, como mostra a próxima foto.

Morro Grande
Em Florianópolis, a chuva que cai forte desde o fim da noite, já acumula 64,3mm na estação do CIRAM no bairro Itacorubi. Segundo o jornal Diário Catarinense Online, a rodovia que vai para o sul da ilha está intransitável devido ao alagamento. Há móveis boiando e pessoas ilhadas. Alagamento também na avenida Mauro Ramos, Beira Mar Norte e no início das duas pontes. Os hospitais Celso Ramos e Infantil também estão parcialmente alagados. Houve deslizamento de terra no Saco dos Limões, Carvoeira e na Vila Aparecida.

Florianópolis
Nas outras áreas do estado também houve pancadas de chuva, com menores valores. Exceto São Francisco do Sul, norte catarinense, onde choveu 57,2mm, porém sem registro de estragos por enquanto. A tendência para a quarta-feira é ainda a persistência das chuvas no centro-leste catarinense, podendo ser fortes. No oeste e meio-oeste chove no fim do dia. Em breve mais informações.

DADOS: INMET, CPTEC/INPE, EPAGRI-CIRAM, MARINHA DO BRASIL, ENGEPLUS, DIÁRIO CATARINENSE

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