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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

LA NIÑA MODOKI ENTRA EM AÇÃO

Desde o período compreendido entre o fim de dezembro de 2011 e o início de janeiro deste ano de 2012, o evento oceano-atmosférico La Niña (resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial e leste) vem apresentando características diferentes, consistentes com que se chama de La Niña Modoki, que em Japonês significa pseudo-La Niña. 

O La Niña Modoki é caracterizado por ter as águas mais frias que a média apenas na parte equatorial do oceano Pacífico, ao passo que a oeste e leste desse oceano as águas estão mais quentes que o normal. Na figura abaixo, do dia 25 do mês de passado, vemos claramente essa situação.
De acordo com esporádica informação literária sobre o La Niña Modoki, ele já foi registrado desde 1988, podendo também ter se formado em anos anteriores. Em se tratando do período de verão, tivemos La Niña Modoki em 1988, 1998, 1999, 2000, 2007, 2008 e 2011. 

Um artigo muito bom, que estudou a influência desse tipo de La Niña na precipitação sobre a América do Sul, mostra que em verões de La Nina Modoki, as chuvas ficam dentro da média climatológica em Santa Catarina. Entretanto, como sabe-se, tanto o La Niña quanto o El Niño, demoram um tempo para começar a surtir influência no clima global, não sendo diferente em Santa Catarina. Por isso, iremos sentir os efeitos do La Niña Modoki nos próximos meses, provavelmente no trimestre Março-Abril-Maio (MAM). O mesmo artigo que estudou a influencia nas precipitações, mostra que no trimestre MAM o La Niña Modoki provoca chuvas abaixo da média climatológica no oeste e extremo norte catarinense, ficando normal nas demais regiões. 


Com a persistência do La Niña Modoki neste mês de fevereiro, a tendência é que então tenhamos um déficit de chuvas no oeste e extremo norte catarinense. Para o oeste que já enfrenta uma grave estiagem, a notícia não é boa. Nas demais áreas, chuvas dentro da média climatológica.

DADOS: NOAA, CPTEC/INPE.

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